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Robert Mugabe, do Zimbábue, renuncia após décadas no poder

Quase quatro décadas depois de liderar a luta pelo fim do colonialismo britânico no Zimbábue e assumir o poder, Robert Mugabe deixa a presidência

Presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, durante evento em Harare (Philimon Bulawayo/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 21 de novembro de 2017 às 13h55.

Última atualização em 21 de novembro de 2017 às 14h32.

São Paulo – Depois de dias de tensão e crise política, o líder do movimento da independência do Zimbábue , Robert Mugabe, renunciou ao cargo na tarde desta terça-feira, 21 de novembro. Em carta lida no parlamento do país, o agora ex-presidente disse que saída foi voluntária e não indicou o nome que o sucederá.

A sua saída vem depois de as Forças Armadas terem assumido o controle do país na semana passada na tentativa de fazer com que Mugabe, ainda respeitado por seu papel relevante nos movimentos anticolonialistas na África, renunciasse em prol de uma saída honrosa.

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O presidente, hoje com 93 anos e há 37 na liderança do Zimbábue, se recusou a deixar o posto, foi expulso do partido que ajudou a criar, o Zanu-PF, e fez com que o parlamento desse andamento a um processo de impeachment que começaria a ser apreciado nesta terça. A expectativa de analistas é a de que EmersonMnangagwa, ex-vice-presidente, assuma a presidência.

Em Harare, a capital do Zimbábue, o clima é de celebração, com a população nas ruas comemorando a queda de Mugabe. Nas redes sociais, usuários e veículos de imprensa locais postam vídeos e imagens do que está acontecendo no país. Veja abaixo:

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