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Risco de contaminação faz Fukushima adiar desmontagem

A decisão poderia atrasar o processo de fechamento da planta


	Vista aérea mostra a usina nuclear Fukushima Daiichi, da empresa Tepco, que foi abalada pelo tsunami em março de 2011, no Japão
 (REUTERS/Kyodo)

Vista aérea mostra a usina nuclear Fukushima Daiichi, da empresa Tepco, que foi abalada pelo tsunami em março de 2011, no Japão (REUTERS/Kyodo)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 06h40.

Tóquio - A usina nuclear de Fukushima adiou em um ano a retirada da cobertura de proteção de um de seus reatores danificados devido ao risco de contaminação radioativa, o que poderia atrasar o processo de fechamento da planta, informou nesta quinta-feira a imprensa japonesa.

Trata-se do reator número um da usina, um dos que sofreram uma explosão de hidrogênio após o terremoto e o tsunami de março de 2011. O edifício onde está o equipamento foi protegido com uma cobertura especial para evitar a propagação dos resíduos liberados no incidente.

A Tokyo Eletric Power Company (Tepco) anunciou inicialmente que os trabalhos para a retirada da cobertura começariam em julho deste ano. Mas a empresa decidiu atrasá-lo para este mês se detectasse a presença de pó radioativo em plantações de arroz próximas à usina, disse hoje a rede de televisão estatal 'NHK'

A Tepco planeja começar agora os preparativos para a retirada. Serão aplicados no interior do edifício produtos fixadores com o objetivo de evitar que os resíduos radioativos se espalhem no ar.

A retirada completa da camada protetora, contudo, só poderá ser feita a partir de julho de 2015, um processo que durará pelo menos 12 meses e pode atrasar também o início da extração do combustível radioativo fundido no núcleo do reator, prevista para outubro de 2016, segundo o diário 'Yomiuri'.

A expectativa é que o processo de fechamento da usina dure entre 30 e 40 anos.

O acidente na central de Fukushima, o pior desde o de Chernobyl (Ucrânia) em 1986, fez com que mais de 50 mil pessoas tivessem que ser evacuadas de áreas próximas à usina, afetando também a agricultura, a pecuária e a pesca na região.

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