Rio-Paris: BEA estabelece fatos, diz ministra
Segundo a ministra da Ecologia e Transportes da França, Nathalie Kosciusko-Morizet, cabe à Justiça definir as "responsabilidades" dos envolvidos
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2011 às 12h28.
Paris - A ministra da Ecologia e Transportes da França, Nathalie Kosciusko-Morizet, afirmou que o Escritório de Investigações e Análises (BEA), que investiga o acidente do voo da Air France Rio-Paris, estabelece os fatos e que a justiça define as "responsabilidades".
"O BEA estabelece os fatos e baseando-se nesses fatos, estabelece recomendações. A responsabilidade de um ou de outros é o papel da justiça", enfatizou a ministra.
O BEA anunciou nesta sexta-feira que identificou uma série de erros dos pilotos que causaram o acidente com o voo AF447 da Air France, que fazia o trajeto Rio-Paris em 1º de junho de 2009. O Airbus A330 caiu no Oceano Atlântico matando as 228 pessoas a bordo.
O terceiro relatório sobre as investigações técnicas da tragédia revela que os pilotos não adotaram o procedimento adequado após os primeiros problemas detectados durante o voo: perda de indicadores de velocidade - devido ao congelamento das sondas (sensores) pitot - e perda de sustentação da aeronave.
"Os pilotos não identificaram a situação de perda de sustentação", apesar do alarme sonoro que se ativou durante 54 segundos, traz o relatório preparado a partir das investigações.
O documento diz ainda que eles não aplicaram o procedimento necessário após o congelamento das sondas (sensores de velocidade) pitot, o que provocou a perda dos indicadores de velocidade.
O BEA informou que os comandantes da aeronave "não receberam treinamento sobre os procedimentos adequados a serem tomados em grandes altitudes".
O piloto que comandava a aeronave efetuou uma manobra manual no momento, uma vez que o piloto automático foi desativado após a perda dos indicadores de velocidade.
O relatório afirma que o comandante da aeronave foi descansar às 2h da manhã sem deixar "claras recomendações" aos dois co-pilotos que ficaram no controle do airbus. Ele voltou à cabine às 2h11m e a gravação é interrompida às 02h14m.
O documento indica que os pilotos tampouco avisaram os passageiros dos problemas que enfrentavam na cabine.
A empresa aérea Air France reagiu imediatamente ao relatório defendendo o "profissionalismo" dos seus pilotos e colocou em dúvida a confiabilidade do alarme, uma vez que o avião perdeu a sustentabilidade.
Até o momento, o BEA considerava que um problema nas sondas de velocidade tinha sido um dos fatores do acidente, mas também sempre ressaltou que a explicação definitiva seria conhecida apenas quando fossem descobertas as caixas-pretas, recuperadas em maio.
Paris - A ministra da Ecologia e Transportes da França, Nathalie Kosciusko-Morizet, afirmou que o Escritório de Investigações e Análises (BEA), que investiga o acidente do voo da Air France Rio-Paris, estabelece os fatos e que a justiça define as "responsabilidades".
"O BEA estabelece os fatos e baseando-se nesses fatos, estabelece recomendações. A responsabilidade de um ou de outros é o papel da justiça", enfatizou a ministra.
O BEA anunciou nesta sexta-feira que identificou uma série de erros dos pilotos que causaram o acidente com o voo AF447 da Air France, que fazia o trajeto Rio-Paris em 1º de junho de 2009. O Airbus A330 caiu no Oceano Atlântico matando as 228 pessoas a bordo.
O terceiro relatório sobre as investigações técnicas da tragédia revela que os pilotos não adotaram o procedimento adequado após os primeiros problemas detectados durante o voo: perda de indicadores de velocidade - devido ao congelamento das sondas (sensores) pitot - e perda de sustentação da aeronave.
"Os pilotos não identificaram a situação de perda de sustentação", apesar do alarme sonoro que se ativou durante 54 segundos, traz o relatório preparado a partir das investigações.
O documento diz ainda que eles não aplicaram o procedimento necessário após o congelamento das sondas (sensores de velocidade) pitot, o que provocou a perda dos indicadores de velocidade.
O BEA informou que os comandantes da aeronave "não receberam treinamento sobre os procedimentos adequados a serem tomados em grandes altitudes".
O piloto que comandava a aeronave efetuou uma manobra manual no momento, uma vez que o piloto automático foi desativado após a perda dos indicadores de velocidade.
O relatório afirma que o comandante da aeronave foi descansar às 2h da manhã sem deixar "claras recomendações" aos dois co-pilotos que ficaram no controle do airbus. Ele voltou à cabine às 2h11m e a gravação é interrompida às 02h14m.
O documento indica que os pilotos tampouco avisaram os passageiros dos problemas que enfrentavam na cabine.
A empresa aérea Air France reagiu imediatamente ao relatório defendendo o "profissionalismo" dos seus pilotos e colocou em dúvida a confiabilidade do alarme, uma vez que o avião perdeu a sustentabilidade.
Até o momento, o BEA considerava que um problema nas sondas de velocidade tinha sido um dos fatores do acidente, mas também sempre ressaltou que a explicação definitiva seria conhecida apenas quando fossem descobertas as caixas-pretas, recuperadas em maio.