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Rio de Janeiro inaugura primeira escola ecológica do país

Parceria do governo do estado com a siderúrgica Thyssenkrupp CSA permitiu investimentos de R$ 11 milhões para economizar energia e água e melhorar a iluminação do colégio

Siderúrgica da ThyssenKrupp CSA: investimentos de 11 milhões de reais no colégio (ANDRE VALENTIM)

Siderúrgica da ThyssenKrupp CSA: investimentos de 11 milhões de reais no colégio (ANDRE VALENTIM)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 17h08.

Rio de Janeiro - A primeira escola ecológica do país foi inaugurada hoje (20) em um dos bairros mais carentes do Rio de Janeiro, Santa Cruz, zona oeste da cidade. O colégio estadual Erich Walter Heine possui instalações que captam a água da chuva para ser usada nos sanitários, jardins e na limpeza da escola, com economia de 50% da água potável. As lâmpadas LED em todo o edifício reduzem em até 80% o consumo de energia.

O formato de cata-vento da construção e o telhado verde reduzem a temperatura, em uma região em que o calor ultrapassa 40 graus Celsius no verão. A escola está entre as 121 instituições no mundo com certificação Leed Schools (de liderança em energia e design ambiental) e é a primeira escola de ensino médio profissionalizante da região, que tem um dos menores índices de desenvolvimento humano do município.

A iniciativa faz parte de um convênio entre o governo do estado e a empresa Thyssenkrupp CSA. O investimento de R$ 11 milhões foi arcado integralmente pela siderúrgica, a maior da América Latina.

O diretor de sustentabilidade da empresa, Luiz Cláudio Castro, explicou que a construção da escola estava prevista dentro do projeto de compensação por liberação de carbono, e que a ideia de uma construção sustentável surgiu para contribuir para reduzir os gases de efeito estufa.

Desde fevereiro, cerca de 200 alunos estudam na escola que foi oficialmente inaugurada hoje com a conclusão da piscina e da quadra poliesportiva. O estudante Leonardo Andreol, 15 anos, passou na prova seletiva para o colégio que oferece especialização em administração, com um computador por aluno e lousas digitais, com acesso à internet. “É uma escola diferente e aqui estou aprendendo que se a gente não conservar a natureza agora vai ficar bem difícil para as próximas gerações”.

O professor de química Agnaldo Pereira dos Santos disse que esta é a primeira vez que vê seu trabalho ser valorizado em seus 16 anos de magistério. “É muito gratificante, porque a gente [professores] já está há um bom tempo no estado e nunca havia visto uma resposta dessa, com laboratório dessa qualidade e alunos dedicados”.

O governador do estado, Sérgio Cabral, visitou a escola e em seu discurso a alunos, moradores, pais e professores, prometeu um notebook para cada estudantes do estabelecimento. “O que vocês encontraram aqui é totalmente diferente da realidade das escolas do estado. Aqui, vocês vão aprender a serem empreendedores. Por isso sei que vão curtir e cuidar de cada metro quadrado e se dedicar muito para saírem com uma formação extraordinária”.

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