Mundo

Revitalização do Parque Nacional da Tijuca durará 18 meses

O consórcio vencedor é integrado pelas empresas Beltour, Esfeco e Cataratas

O Parque Nacional da Tijuca abriga o monumento do Cristo Redentor, um dos pontos turísticos mais visitados do país. (Oscar Cabral/Veja)

O Parque Nacional da Tijuca abriga o monumento do Cristo Redentor, um dos pontos turísticos mais visitados do país. (Oscar Cabral/Veja)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2012 às 12h36.

Rio de Janeiro - O consórcio vencedor da licitação aberta pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para a revitalização do Complexo Turístico e Ambiental do Corcovado, no Parque Nacional da Tijuca, no Rio, tem prazo até agosto deste ano para apresentar os projetos físico e financeiro do empreendimento. As obras deverão ser executadas em 18 meses.

Embora a concorrência tenha apresentado apenas um interessado, ainda está correndo o prazo legal para recursos, de cinco dias úteis, contados a partir da data da licitação, feita no último dia 15, disse o coordenador de Uso Público e Negócios do Parque Nacional da Tijuca, Denis Rivas. A concessão será pelo período de 20 anos.

O consórcio vencedor é integrado pelas empresas Beltour, Esfeco e Cataratas. As duas primeiras são, respectivamente, permissionária do serviço de vans do parque e arrendatária do Trem do Corcovado. A terceira é a concessionária que opera serviços similares no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.

O programa prevê a recuperação do Hotel das Paineiras, fechado há cerca de 25 anos, e sua transformação em um complexo turístico, que abrigará um centro de convenções, restaurante panorâmico, centro de visitantes, lanchonete, café e lojas de souvenirs.

Um dos grandes gargalos do parque é o estacionamento, explicou Denis Rivas. Para resolver o problema, a capacidade do estacionamento será ampliada para 500 vagas. Os investimentos necessários, avaliados em cerca de R$ 40 milhões, deverão sofrer reajuste, uma vez que essa estimativa é de 2009.

Todo o trabalho será realizado com vistas a entregar a área totalmente revitalizada à população antes da Copa do Mundo de 2014, salientou Rivas. “O nosso empenho é esse”. Ele espera que as obras deem ao parque a qualidade dos serviços registrada no Parque do Iguaçu.

O Parque Nacional da Tijuca abriga o monumento do Cristo Redentor, um dos pontos turísticos mais visitados do país. No ano passado, de acordo com informação do ICMBio, o local recebeu mais de 2,2 milhões de visitantes. “Acredito que vai ser um salto qualitativo para o parque, para o Rio de Janeiro e para o Brasil. Representa um padrão de qualidade de visitação bem superior”.

Como não houve interessados em licitação anterior para a recuperação e utilização do Hotel das Paineiras, o edital de revitalização do complexo não previu essa possibilidade. Apesar disso, Denis Rivas informou que ficou estabelecido que o segundo e o terceiro andares do hotel ficarão vagos para que, no prazo de 18 meses, o concessionário vencedor possa apresentar proposta de uso para esses pavimentos.

“A partir da identificação de negócios em potencial para esses dois andares, o concessionário poderá apresentar uma proposta, no prazo de 18 meses, que será analisada pelo ICMBio”. Caso o consórcio não faça proposta, o instituto poderá lançar novo edital na praça, específico para essa ocupação.

Denis Rivas lembrou que o parque já desenvolve ações sociais nas comunidades carentes localizadas no bairro do Cosme Velho, onde está localizada a estação do bondinho de acesso ao Corcovado, que acabaram ampliando a segurança dos turistas que visitam o local. O projeto de ressocialização Anfitriões do Cosme Velho transforma os adolescentes das comunidades em condutores de turistas que chegam ao parque pelo bairro.

O projeto arquitetônico para o Complexo das Paineiras foi aprovado em concurso nacional realizado em 2009, em parceria, pelo ICMBio e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Ele é assinado pelo Estúdio América, de São Paulo.

O ICMBio continuará responsável pela administração do parque, estabelecendo normas de visitação e de monitoramento da qualidade ambiental. Também fiscalizará o cumprimento do contrato com o consórcio, em conjunto com os órgãos que compõem a gestão compartilhada - a prefeitura carioca, o governo fluminense e a Mitra Episcopal, entre outros.

O Parque Nacional da Tijuca tem área de quase 4 mil hectares. Ele foi criado em 1961 e é o segundo maior parque brasileiro. Foi elevado, em 1991, à condição de Reserva da Biosfera.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasLicitaçõesMeio ambienteMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia