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Resultado de ataque a ex-espião será conhecido na próxima semana, diz Opaq

Diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas disse que relatório será enviado ao Reino Unido assim que investigação for finalizada

Perícia: Sergei Skripal e sua filha teriam sido vítimas de um ataque de gás neurotóxico na cidade Salisbury, em 4 de março (Peter Nicholls/Reuters)

Perícia: Sergei Skripal e sua filha teriam sido vítimas de um ataque de gás neurotóxico na cidade Salisbury, em 4 de março (Peter Nicholls/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de abril de 2018 às 16h43.

O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), Ahmet Üzümcü, disse hoje (4) que os resultados das investigações sobre o produto usado no ataque químico realizado no Reino Unido devem ser conhecidos na próxima semana. A informação é da ONU News.

Ahmet Üzümcü fez a afirmação durante a 57ª sessão do Conselho Executivo da Opaq, em Haia, na Holanda. Os resultados dizem respeito ao suposto uso de gás neurotóxico contra o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia, na cidade britânica de Salisbury, em 4 de março.

Investigação

O Reino Unido pediu à Opaq uma investigação independente. Segundo o diretor-geral da organização, os seus especialistas foram até ao local e recolheram amostras ambientais e das três vítimas, incluindo um agente da polícia que socorreu os dois russos.

Üzümcü disse que os resultados são esperados para o início da próxima semana e que assim que estiverem prontos, o secretariado vai elaborar um relatório e enviar uma cópia para o Reino Unido. Ele lembrou que a sua equipe "trabalha de forma independente" e "não está envolvida com qualquer investigação nacional." Segundo ele, "nenhum Estado-membro está envolvido neste trabalho técnico."

União Europeia

Durante a reunião, também falou o embaixador da Bulgária junto à União Europeia (UE), Krassimir Kostov, que condenou o ataque "nos termos mais fortes possíveis." Segundo o diplomata, a UE "concorda com o Reino Unido de que é altamente provável que a Federação Russa seja responsável e não existe outra explicação alternativa plausível."

Kostov "considerou lamentável que a Federação Russa não tenha tido uma reação positiva ao convite inicial do Reino Unido para fornecer informação relevante." Em vez disso, afirmou ele, assistiu-se "a uma enchente de insinuações contra um número de Estados-membros da UE, numa atitude absolutamente inaceitável."

Kostov terminou dizendo que a UE tem "confiança absoluta na investigação do Reino Unido e na sua colaboração com a Opaq."

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