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Resolução da ONU pode 'mencionar' Capítulo VII, diz Rússia

A Rússia admitiu que uma resolução da ONU pode mencionar o Capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que permite duras sanções ou o uso da força

Rebeldes sírios: "Capítulo VII só pode ser mencionado como uma das medidas", disse vice-ministro russo (Ahmad Aboud/AFP)

Rebeldes sírios: "Capítulo VII só pode ser mencionado como uma das medidas", disse vice-ministro russo (Ahmad Aboud/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 09h23.

Moscou - A Rússia admitiu nesta terça-feira que uma resolução do Conselho de Segurança sobre a Síria pode mencionar o Capítulo VII da Carta das Nações Unidas, que permite duras sanções ou o uso da força, mas que isso não significará o recurso automático à força.

"O Capítulo VII só pode ser mencionado como uma das medidas" a adotar em caso de violação dos compromissos adquiridos pela Síria para desmantelar seu arsenal químico, declarou o vice-ministro das Relações Exteriores, Serguei Riabkov, citado pela agência Interfax.

"Mas de nenhuma maneira se trata de adotar uma resolução sob o Capítulo VII com uma aplicação automática de sanções ou, menos ainda, de recurso à força", disse o vice-ministro que discursava perante a Duma (câmara baixa).

Há uma semana, russos e ocidentais se enfrentam no campo diplomático sobre o conteúdo da resolução que deverá ser adotada no Conselho de Segurança da ONU, após a adoção em Genebra no dia 14 de setembro de um plano russo-americano para desmantelar o arsenal químico sírio.

Os ocidentais querem uma resolução vinculante, o que seria o caso se fosse adotada sob o Capítulo VII da Carta da ONU, que prevê sanções ou o recurso à força se o texto não for respeitado.

A Rússia, por sua vez, se opõe a isso, e defende que as medidas previstas sob o Capítulo VII sejam eventualmente alvo de uma segunda resolução, que seria votada em caso de violação dos compromissos anteriores por parte da Síria.

Riabkov também anunciou que os inspetores da ONU retornarão na quarta-feira à Síria para investigar a utilização de armas químicas.

"O grupo de inspetores da ONU parte a Damasco amanhã, 25 de setembro", declarou o vice-ministro, citado por agências russas.

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