Conselho de Segurança da ONU: texto, em resposta aos atentados da última sexta-feira em Paris, defende também a postura de "redobrar e coordenar" esforços na luta antiterrorista (AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2015 às 17h00.
A França apresentou nesta quinta-feira aos demais membros do Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução no qual pede aos países para que tomem "todas as medidas necessárias" para atuarem contra o Estado Islâmico (EI) e outros grupos jihadistas na Síria e no Iraque.
O texto, em resposta aos atentados da última sexta-feira em Paris, defende também a postura de "redobrar e coordenar" esforços na luta antiterrorista, segundo uma cópia à qual a Agência Efe teve acesso.
Além disso, a resolução expressa a intenção de ampliar as sanções contra indivíduos e entidades vinculadas com o EI e pede mais ações para conter o fluxo de combatentes estrangeiros em direção a Síria e Iraque.
O texto materializa uma iniciativa antecipada na segunda-feira pelo presidente francês, François Hollande, em seu discurso no parlamento, e a intenção de Paris é de que a resolução seja adotada o mais rápido possível.
"A ameaça excepcional e sem precedentes que este grupo apresenta a toda a comunidade internacional exige uma resposta contundente, unida e sem ambiguidades por parte do Conselho de Segurança", disse hoje o representante francês na ONU, François Delattre.
Em uma breve nota enviada à Efe, Delattre disse que sua delegação trabalhará com os demais parceiros para conseguir uma adoção "rápida" da resolução, que segundo reiterou, tem foco em um objetivo-chave: "a luta contra o inimigo comum", o EI.
Paralelamente ao projeto francês, o Conselho de Segurança tem outro a analisar, promovido pela Rússia, com um caráter mais abrangente e baseado em outra resolução que tentou sem sucesso levar à frente no final de setembro.
O problema principal era que o texto precisava do "consentimento" dos países afetados para as ações contra o terrorismo em seus territórios, o que para as potências ocidentais significava dar um respaldo ao regime de Bashar al Assad na Síria.