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Resgate recupera destroços e corpos de avião da Air Asia

O avião da AirAsia perdeu contato com o controle de tráfego aéreo no início do domingo ao passar por faixa de clima ruim

Destroços do avião da AirAsia no Mar de Java: aeronave desapareceu no domingo com 162 pessoas a bordo (Bay Ismoyo/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 16h23.

Surabaya - Equipes de resgate das operações de busca do avião da Air Asia que transportava 162 pessoas e estava desaparecido desde domingo encontraram destroços e corpos na costa da ilha de Bornéu nesta terça-feira, levando às lágrimas os familiares das vítimas que assistiam a cena pela televisão.

O avião da AirAsia , que operava o voo QZ8501, um Airbus A320-200, perdeu contato com o controle de tráfego aéreo no início do domingo durante a passagem por uma faixa de clima ruim. A aeronave ia de Surabaya, na Indonésia , para Cingapura.

A Marinha afirmou que 40 corpos foram recuperados. O avião ainda não foi localizado. A bordo de voo QZ8501 estavam 155 indonésios, três sul-coreanos e uma pessoa cada de Cingapura, Malásia e Grã-Bretanha. O copiloto era francês.

"Meu coração está cheio de tristeza por todas as famílias envolvidas no voo QZ8501", disse o diretor da companhia aérea, Tony Fernandes, no Twitter. "Em nome da Air Asia, minhas condolências a todos. Palavras não conseguem expressar o quanto estou triste." A companhia aérea afirmou em um comunicado que estava chamando os familiares a ir a Surabaya, "onde uma equipe de ajudantes será encarregada de cuidar das necessidades de cada uma das famílias".

Fotos de corpos flutuando no mar foram transmitidas pela televisão e parentes dos desaparecidos já reunidos em um centro de crises em Surabaya choraram com as mãos no rosto. Várias pessoas entraram em choque e foram carregadas.

Yohannes e sua esposa estavam no centro esperando notícias do irmão dela, Herumanto Tanus, e de dois de seus filhos que estavam a bordo do avião.

A família Tanus viajava a Cingapura para visitar o filho de Herumanto, que estudava na cidade e viajou para Surabaya na segunda-feira depois que o avião desapareceu. "Ele chora toda vez que assiste às notícias", disse Yohannes.

A prefeita de Surabaya, Tri Rismaharini, confortou os familiares e pediu que eles fossem fortes. "Eles não são nossos, eles pertencem a Deus", disse.

Buscas durante a noite

Um porta-voz da Marinha afirmou que uma porta do avião, tanques de oxigênio e um corpo haviam sido recuperados e levados por helicóptero para testes.

"O desafio é que a região tem ondas de até três metros de altura", disse a jornalistas o chefe da agência de busca e resgate da Indonésia, Fransiskus Bambang Soelistyo, acrescentando que as operações de busca continuariam durante toda a noite. Ele se recusou a responder perguntas sobre se algum sobrevivente havia sido encontrado.

Cerca de 30 navios e 21 aeronaves de Indonésia, Austrália, Malásia, Cingapura, Coreia do Sul e Estados Unidos estão envolvidos nas buscas.

O avião, que não emitiu sinais de emergência, desapareceu depois que o piloto não conseguiu permissão para elevar a altitude para evitar o mau tempo devido ao tráfego aéreo carregado, disseram autoridades.

A aeronave viajava a 32.000 pés (9.753 metros) e havia pedido para voar a 38.000 pés, disseram as autoridades mais cedo. Pilotos e especialistas em aviação disseram que tempestades e pedidos para elevar a altitude para evitá-las não são incomuns na região.

O piloto indonésio era experiente e o avião havia feito a última manutenção em novembro, segundo a companhia aérea.

Discussões na Internet entre pilotos giram em torno de dados secundários não confirmados de radar da Malásia , que sugerem que a aeronave estava subindo a uma velocidade de 353 nós, 100 nós mais devagar do que deveria estar, e que, portanto, o motor pode ter enguiçado.

Investigadores estão se concentrando inicialmente na possibilidade de a tripulação ter demorado muito para pedir permissão para elevar a altitude, ou ter subido por conta própria anteriormente, disse uma fonte próxima às investigações, acrescentando que o mau tempo pode ter contribuído para o desastre.

Ele advertiu que a investigação estava em um estágio inicial e que as caixas-pretas ainda não foram recuperadas.

Três desastres aéreos envolvendo companhias afiliadas à Malásia em menos de um ano abalaram a confiança na indústria de aviação do país e assustaram viajantes de toda a região.

O voo MH370 da Malaysian Airlines desapareceu em 8 de março em uma viagem de Kuala Lumpur a Pequim com 239 passageiros e tripulantes a bordo e não foi encontrado. Em 17 de julho, o voo MH17 da mesma companhia foi derrubado sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.

Estranhamente, um avião da AirAsia, de Manila, derrapou e saiu da pista ao pousar em Kalibo, na região central das Filipinas, nesta terça-feira. Ninguém ficou ferido.

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O avião da AirAsia , que operava o voo QZ8501, um Airbus A320-200, perdeu contato com o controle de tráfego aéreo no início do domingo durante a passagem por uma faixa de clima ruim. A aeronave ia de Surabaya, na Indonésia , para Cingapura.

A Marinha afirmou que 40 corpos foram recuperados. O avião ainda não foi localizado. A bordo de voo QZ8501 estavam 155 indonésios, três sul-coreanos e uma pessoa cada de Cingapura, Malásia e Grã-Bretanha. O copiloto era francês.

"Meu coração está cheio de tristeza por todas as famílias envolvidas no voo QZ8501", disse o diretor da companhia aérea, Tony Fernandes, no Twitter. "Em nome da Air Asia, minhas condolências a todos. Palavras não conseguem expressar o quanto estou triste." A companhia aérea afirmou em um comunicado que estava chamando os familiares a ir a Surabaya, "onde uma equipe de ajudantes será encarregada de cuidar das necessidades de cada uma das famílias".

Fotos de corpos flutuando no mar foram transmitidas pela televisão e parentes dos desaparecidos já reunidos em um centro de crises em Surabaya choraram com as mãos no rosto. Várias pessoas entraram em choque e foram carregadas.

Yohannes e sua esposa estavam no centro esperando notícias do irmão dela, Herumanto Tanus, e de dois de seus filhos que estavam a bordo do avião.

A família Tanus viajava a Cingapura para visitar o filho de Herumanto, que estudava na cidade e viajou para Surabaya na segunda-feira depois que o avião desapareceu. "Ele chora toda vez que assiste às notícias", disse Yohannes.

A prefeita de Surabaya, Tri Rismaharini, confortou os familiares e pediu que eles fossem fortes. "Eles não são nossos, eles pertencem a Deus", disse.

Buscas durante a noite

Um porta-voz da Marinha afirmou que uma porta do avião, tanques de oxigênio e um corpo haviam sido recuperados e levados por helicóptero para testes.

"O desafio é que a região tem ondas de até três metros de altura", disse a jornalistas o chefe da agência de busca e resgate da Indonésia, Fransiskus Bambang Soelistyo, acrescentando que as operações de busca continuariam durante toda a noite. Ele se recusou a responder perguntas sobre se algum sobrevivente havia sido encontrado.

Cerca de 30 navios e 21 aeronaves de Indonésia, Austrália, Malásia, Cingapura, Coreia do Sul e Estados Unidos estão envolvidos nas buscas.

O avião, que não emitiu sinais de emergência, desapareceu depois que o piloto não conseguiu permissão para elevar a altitude para evitar o mau tempo devido ao tráfego aéreo carregado, disseram autoridades.

A aeronave viajava a 32.000 pés (9.753 metros) e havia pedido para voar a 38.000 pés, disseram as autoridades mais cedo. Pilotos e especialistas em aviação disseram que tempestades e pedidos para elevar a altitude para evitá-las não são incomuns na região.

O piloto indonésio era experiente e o avião havia feito a última manutenção em novembro, segundo a companhia aérea.

Discussões na Internet entre pilotos giram em torno de dados secundários não confirmados de radar da Malásia , que sugerem que a aeronave estava subindo a uma velocidade de 353 nós, 100 nós mais devagar do que deveria estar, e que, portanto, o motor pode ter enguiçado.

Investigadores estão se concentrando inicialmente na possibilidade de a tripulação ter demorado muito para pedir permissão para elevar a altitude, ou ter subido por conta própria anteriormente, disse uma fonte próxima às investigações, acrescentando que o mau tempo pode ter contribuído para o desastre.

Ele advertiu que a investigação estava em um estágio inicial e que as caixas-pretas ainda não foram recuperadas.

Três desastres aéreos envolvendo companhias afiliadas à Malásia em menos de um ano abalaram a confiança na indústria de aviação do país e assustaram viajantes de toda a região.

O voo MH370 da Malaysian Airlines desapareceu em 8 de março em uma viagem de Kuala Lumpur a Pequim com 239 passageiros e tripulantes a bordo e não foi encontrado. Em 17 de julho, o voo MH17 da mesma companhia foi derrubado sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.

Estranhamente, um avião da AirAsia, de Manila, derrapou e saiu da pista ao pousar em Kalibo, na região central das Filipinas, nesta terça-feira. Ninguém ficou ferido.

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