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Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2012 às 09h44.
Nova York - O reconhecimento da Palestina pelas Nações Unidas como Estado observador não membro da entidade pode ter um elevado custo financeiro para a administração de Mahmoud Abbas e também para a ONU. O Congresso dos EUA já começou a se movimentar para tentar congelar a ajuda tanto para os palestinos quanto para entidades internacionais que os aceitarem. Até mesmo governos estrangeiros, como o Egito e o Paquistão, correm riscos.
Nas últimas semanas, antecipando a aprovação da Palestina na Assembleia-Geral, três deputados republicanos apresentaram uma nova legislação para cortar pela metade o financiamento para os palestinos e também para as agências ligadas à ONU. Sem este dinheiro, programas internacionais podem ser cancelados e o governo de Abbas terá dificuldades para pagar os seus salários.
A Unesco, que no ano passado aceitou os palestinos como membros, sofreu neste ano para conseguir pagar as contas sem a contribuição de US$ 70 milhões dos EUA. Não são apenas os palestinos e a ONU que são alvo dos senadores republicanos James Inhofe, John Barrasso e Mike Lee. Países estrangeiros que votaram a favor do reconhecimento palestino nas Nações Unidas podem ver a ajuda internacional americana ser suspensa. Nações pobres na África e na Ásia, que integram o grupo dos 138 que votaram pelo novo status da Palestina, terão um corte de 20% se a nova legislação for aprovada.
As atuais leis existentes no Congresso dos EUA preveem o congelamento imediato caso a Palestina seja aceita como membro pleno da ONU. O status de observador não é incluído e por esse motivo novas legislações para atingir os palestinos estão sendo propostas. Além da proposta dos senadores republicanos, existem algumas um pouco mais amenas, de viés bipartidário, com maiores chances de passar. Uma delas, dos senadores Lindsey Graham, do Partido Republicano, e Charles Schumer, do Partido Democrata, tem mais chances de ser aprovada. Segundo o texto, os palestinos veriam seu financiamento ser suspenso caso levem adiante acusações contra Israel no Tribunal Penal Internacional. Além disso, a representação palestina em Washington poderia ser fechada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.