Exame Logo

Republicanos mantêm posição e governo dos EUA pode paralisar

Sem ter o projeto de lei de gastos de emergência aprovado, o governo americano se aproxima de sua primeira paralisação desde 1996

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2013 às 13h37.

Washington - Com os republicanos conservadores da Câmara prometendo não recuar sobre um projeto de lei de gastos de emergência em uma pressão para retirar verbas do programa de reforma da saúde do presidente Barack Obama , o governo norte-americano se aproximava neste sábado de sua primeira paralisação desde 1996.

Embora tenha sido levantada na sexta-feira uma possível solução temporária de último minuto, incluindo uma extensão de 10 dias das verbas do governo, não havia sinais de que democratas e republicanos possam chegar a um acordo antes do prazo final, em 1º de outubro.

E no momento não há indícios de que negociações estejam sendo feitas entre os dois lados.

O Senado, como esperado, aprovou na sexta-feira uma medida direta de financiamento de emergência para manter o governo funcionando até 15 de novembro, depois de retirar os artigos republicanos para acabar com as verbas para a lei de saúde de 2010, conhecida como Obamacare.

Os republicanos, que controlam a Câmara dos Deputados, agora devem decidir como responder a isso, algo que pode acontecer já neste sábado.

O deputado Tom Graves da Geórgia anunciou na sexta-feira que ele e 61 colegas iriam insistir em um adiamento de um ano do "Obamacare", que deve ser lançado em 1º de outubro, como condição para financiar o governo e evitar uma paralisação.

A pressão para tomar uma posição sobre a reestruturação do sistema de saúde, que os republicanos veem como uma intrusão maciça do governo que irá fazer com que os prêmios dos seguros disparem, vem sendo sustentada pelo Tea Party, a ala conservadora e anti-Washington do partido.


Uma rejeição da medida de financiamento jogaria a bola de volta ao Senado controlado pelos democratas, talvez ainda no domingo ou na manhã de segunda-feira, com pouco tempo para continuar o pingue-pongue político.

Se o Congresso não agir antes da meia-noite de segunda-feira, a autoridade legal do governo para gastar dinheiro em atividades rotineiras vai se esgotar.

Gastos em funções consideradas essenciais, relacionadas à segurança nacional ou à segurança pública, iriam continuar ao longo de programas beneficentes como o Medicare e os benefícios de aposentadoria da Segurança Social aos idosos.

Mas centenas de milhares de funcionários civis federais --de pessoas que processam formulários e lidam com procedimentos regulatórios a trabalhadores em parques nacionais e museus em Washington-- seriam licenciados.

Em seu costumeiro discurso dos sábado, Obama acusou os republicanos de "apaziguar uma facção radical de seu partido" inclinada a criar "uma crise que irá prejudicar as pessoas com o único propósito de avançar em sua agenda ideológica".

A resposta republicana, dada pela congressista Cathy McMorris Rodgers, se concentrou não em uma possível paralisação, mas no próximo confronto, o aumento do endividamento do governo, cujo prazo final é em meados de outubro.

Os republicanos também devem exigir concessões, inclusive o "Obamacare", em troca de levantar o teto da dívida.

Veja também

Washington - Com os republicanos conservadores da Câmara prometendo não recuar sobre um projeto de lei de gastos de emergência em uma pressão para retirar verbas do programa de reforma da saúde do presidente Barack Obama , o governo norte-americano se aproximava neste sábado de sua primeira paralisação desde 1996.

Embora tenha sido levantada na sexta-feira uma possível solução temporária de último minuto, incluindo uma extensão de 10 dias das verbas do governo, não havia sinais de que democratas e republicanos possam chegar a um acordo antes do prazo final, em 1º de outubro.

E no momento não há indícios de que negociações estejam sendo feitas entre os dois lados.

O Senado, como esperado, aprovou na sexta-feira uma medida direta de financiamento de emergência para manter o governo funcionando até 15 de novembro, depois de retirar os artigos republicanos para acabar com as verbas para a lei de saúde de 2010, conhecida como Obamacare.

Os republicanos, que controlam a Câmara dos Deputados, agora devem decidir como responder a isso, algo que pode acontecer já neste sábado.

O deputado Tom Graves da Geórgia anunciou na sexta-feira que ele e 61 colegas iriam insistir em um adiamento de um ano do "Obamacare", que deve ser lançado em 1º de outubro, como condição para financiar o governo e evitar uma paralisação.

A pressão para tomar uma posição sobre a reestruturação do sistema de saúde, que os republicanos veem como uma intrusão maciça do governo que irá fazer com que os prêmios dos seguros disparem, vem sendo sustentada pelo Tea Party, a ala conservadora e anti-Washington do partido.


Uma rejeição da medida de financiamento jogaria a bola de volta ao Senado controlado pelos democratas, talvez ainda no domingo ou na manhã de segunda-feira, com pouco tempo para continuar o pingue-pongue político.

Se o Congresso não agir antes da meia-noite de segunda-feira, a autoridade legal do governo para gastar dinheiro em atividades rotineiras vai se esgotar.

Gastos em funções consideradas essenciais, relacionadas à segurança nacional ou à segurança pública, iriam continuar ao longo de programas beneficentes como o Medicare e os benefícios de aposentadoria da Segurança Social aos idosos.

Mas centenas de milhares de funcionários civis federais --de pessoas que processam formulários e lidam com procedimentos regulatórios a trabalhadores em parques nacionais e museus em Washington-- seriam licenciados.

Em seu costumeiro discurso dos sábado, Obama acusou os republicanos de "apaziguar uma facção radical de seu partido" inclinada a criar "uma crise que irá prejudicar as pessoas com o único propósito de avançar em sua agenda ideológica".

A resposta republicana, dada pela congressista Cathy McMorris Rodgers, se concentrou não em uma possível paralisação, mas no próximo confronto, o aumento do endividamento do governo, cujo prazo final é em meados de outubro.

Os republicanos também devem exigir concessões, inclusive o "Obamacare", em troca de levantar o teto da dívida.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Oposição políticaPaíses ricosPartido Republicano (EUA)

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame