Mundo

Republicanos e democratas lutam pelo Congresso dos EUA

O que está em jogo é o atual predomínio dos republicanos no Senado e na Câmara dos Deputados

Senado americano: para obter o comando do Senado de imediato, os democratas teriam que conquistar mais cinco cadeiras (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Senado americano: para obter o comando do Senado de imediato, os democratas teriam que conquistar mais cinco cadeiras (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

R

Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2016 às 11h39.

Washington - Uma luta intensa pelo controle do Congresso dos Estados Unidos, que ocorre paralelamente à disputa entre a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump pela Casa Branca, terminará na terça-feira com eleições que irão definir a política do país nos próximos dois anos.

O que está em jogo é o atual predomínio dos republicanos no Senado e na Câmara dos Deputados. Se os eleitores derem o controle das duas Casas aos democratas, 2017 provavelmente verá uma inclinação mais moderada nos projetos de lei que os parlamentares irão enviar para o novo presidente transformar em leis.

Para obter o comando do Senado de imediato, os democratas teriam que conquistar cinco cadeiras no final das contas. Atualmente os republicanos detêm 54 assentos, os democratas ocupam 44 e independentes alinhados a estes últimos têm outros dois lugares.

Durante a maior parte da atual campanha, analistas políticos projetaram que os democratas irão conseguir algo entre quatro e sete cadeiras no Senado.

Mas os atuais governistas temeram que as revelações feitas pelo FBI no final de outubro a respeito de uma análise de emails recém-descobertos para saber se diziam respeito ao uso de um servidor particular de Hillary quando era secretária de Estado fizesse algumas disputas mais acirradas penderem para os republicanos.

No domingo, o FBI disse que a agência finalizou sua análise e não encontrou motivos para mudar sua postura de julho, a de que não há justificativa para acusar criminalmente a ex-primeira-dama.

Os democratas terão um desafio maior na Câmara, onde precisam conquistar 30 vagas para reconquistar a maioria que tiveram pela última vez em 2010. Alguns analistas vêm projetando algo entre cinco e 20 assentos para os correligionários de Hillary.

O controle republicano do Senado de 100 cadeiras nos últimos dois anos e da Câmara de 435 assentos desde 2011 rendeu um ataque contínuo ao plano de reforma do sistema de saúde do presidente democrata Barack Obama, conhecido como Obamacare.

Os deputados republicanos detiveram o progresso obtido no Senado em uma reforma abrangente da imigração em 2013, e vêm pressionando de forma geral pela contenção de gastos em programas domésticos ao mesmo tempo em que tentam limitar as regulamentações nas indústrias ambiental e financeira.

Acredita-se que o desfecho da eleição presidencial terá um grande impacto no resultado das campanhas legislativas. Nas últimas décadas, o partido que conquistou a Casa Branca normalmente se saiu melhor também nas disputas parlamentares.

Acompanhe tudo sobre:Eleições americanasEstados Unidos (EUA)Política

Mais de Mundo

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson