Epidemia de Ebola mata 17 pessoas na República Democrática do Congo
Comunicado do Ministério da Saúde do país classificou epidemia como "uma emergência de saúde pública internacional"
AFP
Publicado em 8 de maio de 2018 às 15h29.
Última atualização em 8 de maio de 2018 às 15h36.
A República Democrática do Congo "enfrenta uma nova epidemia de Ebola ", que já matou 17 pessoas na província de Equateur (noroeste), informou nesta terça-feira o Ministério da Saúde.
"Vinte e um casos de febre com sinais hemorrágicos e 17 mortes", uma taxa de letalidade de 80%, foram notificados ao Ministério da Saúde em 3 de maio, indicou em um comunicado, referindo-se a "uma emergência de saúde pública internacional".
"O plano de resposta adotado pelo Ministério da Saúde foi aprovado pelo governo", indicou um relatório do Conselho de Ministros encaminhado à AFP.
"Desde a notificação dos casos em 3 de maio, nenhuma morte foi relatada", aponta o comunicado do ministério, sem especificar a data de início da epidemia.
Uma equipe do Ministério da Saúde, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelos Médicos Sem Fronteiras, visitou a cidade de Bikoro, epicentro da epidemia.
"Nossa maior prioridade é ir a Bikoro para trabalhar com o governo da República Democrática do Congo e parceiros para reduzir a perda de vidas e sofrimento associados a este novo surto de ebola", indicou o Dr. Peter Salama, diretor-geral adjunto da OMS em um comunicado.
A epidemia na RDC é o nono surto de Ebola desde a descoberta deste vírus em seu solo, em 1976.
A doença foi detectada em uma área de floresta equatorial, na fronteira com o Congo-Brazzaville, e localizada a cerca de 600 km a noroeste de Kinshasa.
"Cinco amostras de casos suspeitos foram enviados para análise no Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas (INRB) de Kinshasa em 6 de maio. Dois deram positivos", afirmou o ministério em seu comunicado.
A última epidemia de Ebola na RDC remonta a 2017. Rapidamente controlada, matou oficialmente quatro pessoas.
Uma terrível epidemia atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortes em cerca de 29.000 casos, mais de 99% na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa.