Repressão deixa três mortos na Síria
Dezenas de pessoas foram presas, enquanto a imprensa oficial evitou comentar a morte do líder líbio Muamar Kadafi
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 21h11.
Três civis foram mortos neste sábado pelas Forças Armadas na Síria e dezenas de outros foram presos, enquanto a imprensa oficial evitou comentar a morte do líder líbio Muamar Kadhafi.
Os militantes pró-democracia comemoraram o destino do ditador deposto capturado e morto na quinta-feira depois de oito meses de insurreição na Líbia. Eles pediram novas manifestações neste domingo em todo o país com o lema "Chegou a sua vez", em referência ao presidente sírio Bashar al-Assad.
Paralelamente, o Irã aumentou o tom em relação ao seu aliado sírio "condenando" pela primeira vez "as mortes e os massacres" causados pela repressão na Síria, que deixaram, segundo a ONU, mais de 3.000 mortos desde o início do movimento de contestação, em março.
"Condenamos as mortes e os massacres na Síria, sejam vítimas pertencentes às forças de segurança, à oposição ou à população", declarou o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad à rede americana CNN.
Essas declarações foram feitas no momento em que a Turquia, outro antigo aliado de Bashar al-Assad, faz duras críticas às autoridades sírias e insiste para que Teerã retire o seu apoio ao regime de Damasco.
No país, a violência não para. "Um homem foi morto no início desta manhã na localidade de Maar Horma, na região de Idleb (noroeste), em confrontos entre o Exército sírio e homens armados, ao que tudo indica desertores", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH),com sede no Reino Unido.
Dois civis morreram em Homs, 160 km ao norte de Damasco, em ações de repressão das forças de ordem e outro, atingido por um franco-atirador.
Enquanto isso, "cerca de 5.000 membros das Forças Armadas sírias tomaram as áreas de Zamalka, Hamourié, Kafar Batna, Saqba, Erbine e Harasta, na periferia de Damasco, prendendo dezenas de moradores", indicou o OSDH.
Na sexta-feira, pelo menos 19 civis foram mortos pelas forças de segurança no país, sendo 15 em Homs, grande foco da onda de contestação.
Apesar da repressão, os manifestantes saíram às ruas aos milhares na sexta em diversas cidades para exigir a queda do regime de Assad e saudar o povo líbio após a morte de Muamar Kadhafi.
"Parece que a morte de Kadhafi fecha um capítulo. Se a situação se estabilizar na Líbia, a pressão será extremamente forte sobre Bashar al-Assad", comentou à AFP Jean-Yves Moisseron, pesquisador do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento.
Três civis foram mortos neste sábado pelas Forças Armadas na Síria e dezenas de outros foram presos, enquanto a imprensa oficial evitou comentar a morte do líder líbio Muamar Kadhafi.
Os militantes pró-democracia comemoraram o destino do ditador deposto capturado e morto na quinta-feira depois de oito meses de insurreição na Líbia. Eles pediram novas manifestações neste domingo em todo o país com o lema "Chegou a sua vez", em referência ao presidente sírio Bashar al-Assad.
Paralelamente, o Irã aumentou o tom em relação ao seu aliado sírio "condenando" pela primeira vez "as mortes e os massacres" causados pela repressão na Síria, que deixaram, segundo a ONU, mais de 3.000 mortos desde o início do movimento de contestação, em março.
"Condenamos as mortes e os massacres na Síria, sejam vítimas pertencentes às forças de segurança, à oposição ou à população", declarou o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad à rede americana CNN.
Essas declarações foram feitas no momento em que a Turquia, outro antigo aliado de Bashar al-Assad, faz duras críticas às autoridades sírias e insiste para que Teerã retire o seu apoio ao regime de Damasco.
No país, a violência não para. "Um homem foi morto no início desta manhã na localidade de Maar Horma, na região de Idleb (noroeste), em confrontos entre o Exército sírio e homens armados, ao que tudo indica desertores", informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH),com sede no Reino Unido.
Dois civis morreram em Homs, 160 km ao norte de Damasco, em ações de repressão das forças de ordem e outro, atingido por um franco-atirador.
Enquanto isso, "cerca de 5.000 membros das Forças Armadas sírias tomaram as áreas de Zamalka, Hamourié, Kafar Batna, Saqba, Erbine e Harasta, na periferia de Damasco, prendendo dezenas de moradores", indicou o OSDH.
Na sexta-feira, pelo menos 19 civis foram mortos pelas forças de segurança no país, sendo 15 em Homs, grande foco da onda de contestação.
Apesar da repressão, os manifestantes saíram às ruas aos milhares na sexta em diversas cidades para exigir a queda do regime de Assad e saudar o povo líbio após a morte de Muamar Kadhafi.
"Parece que a morte de Kadhafi fecha um capítulo. Se a situação se estabilizar na Líbia, a pressão será extremamente forte sobre Bashar al-Assad", comentou à AFP Jean-Yves Moisseron, pesquisador do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento.