Bandeira das Farc na Colômbia (Mario Tama/Getty Images)
AFP
Publicado em 29 de abril de 2017 às 15h08.
Representantes da guerrilha das Farc da Colômbia defenderam neste sábado na Plaza de Bolívar, no centro político de Bogotá, a implementação do acordo para superar 52 anos de conflito armado, depois de terem sido impedidos de entrar no Congresso para participar de um ato pela paz.
O chefe negociador da guerrilha, Iván Márquez, o comandante rebelde Pastor Alape e outros insurgentes, como Victoria Sandino e Andrés París, participaram do encerramento do Congresso Nacional da Paz, que foi realizado no local, embora a sua realização estivesse prevista para o Salão Elíptico do Capitólio Nacional.
"A paz ainda é um sonho a ser conquistado", disse Márquez durante a sua intervenção pública, ao defender o apoio de diversos setores políticos do país para implementar o histórico acordo assinado em novembro, depois de quatro anos de negociações com Cuba.
O ato na Plaza de Bolívar, a alguns metros da Casa presidencial de Nariño, reuniu dezenas de pessoas, incluindo congressistas e líderes sociais.
Na sexta-feira, os presidentes do Senado, Mauricio Lizcano, e da Câmara de Representantes, Miguel Ángel Pinto, não autorizaram a entrada de delegados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no recinto até que esta organização esteja desarmada e os tribunais de paz autorizem.
No mesmo dia, o chefe máximo dos rebeldes, Rodrigo Londoño ("Timochenko"), classificou a decisão de "veto".