Pessoas se reúnem em uma área aberta após tremores de terremoto em Kathmandu, nas primeiras horas de 7 de janeiro de 2025. Um forte terremoto na remota região do Tibete, na China, matou pelo menos 32 pessoas e derrubou "muitos prédios" em 7 de janeiro, informou a mídia chinesa, com tremores também sentidos na capital do vizinho Nepal, Kathmandu, e em partes da Índia. (Foto de SUNIL SHARMA / AFP) (Foto de SUNIL SHARMA/AFP via Getty Images) (Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 11h12.
As réplicas do terremoto que atingiu a região do Tibete no último dia 7 de janeiro, matando 126 pessoas, continuam causando estragos, entre eles um sismo de 5 graus de magnitude na segunda-feira que derrubou casas e piorou os danos nas áreas afetadas.
Mais de 3.600 tremores secundários foram registrados até esta terça-feira, complicando os esforços de resgate e reassentamento, segundo informou hoje o Centro de Redes Sismológicas da China.
Entre os tremores secundários detectados, 3.104 foram de magnitude menor que 2 graus, enquanto 458 variaram entre 2 e 2,9, e 45 entre 3 e 3,9.
Os mais poderosos, de 4,9 e 5 graus magnitude, ocorreram na noite de segunda-feira, ambos com epicentros a 10 quilômetros de profundidade e com apenas alguns minutos de diferença no tempo.
Embora nenhuma nova fatalidade tenha sido relatada após os terremotos, equipes de resgate evacuaram moradores de áreas críticas antes do anoitecer para evitar maiores riscos.
O esforço humanitário está concentrado agora na transição de abrigos temporários para estruturas mais duráveis, segundo afirmou a agência de notícias estatal “Xinhua”.
Até 12 de janeiro, 2.198 casas pré-fabricadas foram instaladas nas áreas afetadas. Essas medidas incluem o fornecimento de cobertores, aquecedores e tendas, buscando amenizar o impacto das baixas temperaturas, que devem ficar em torno de 13 graus abaixo de zero nas próximas noites.
O terremoto inicial, de 6,8 graus de magnitude, com epicentro no condado de Tingri, perto do acampamento base norte do Everest, matou 126 pessoas e causou o colapso de inúmeras casas e infraestruturas.
Localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, a região enfrenta desafios adicionais devido às suas condições geográficas e climáticas adversas, como deslizamentos de terra e nevascas frequentes.
O presidente chinês, Xi Jinping, reiterou logo após o terremoto a necessidade de "esforços exaustivos para salvar vidas e minimizar o número de vítimas", pedindo às autoridades que previnam desastres secundários e acelerem a reconstrução.
A China também destinará cerca de 30 milhões de yuans (cerca de R$ 25,3 milhões) para reparar estradas danificadas pelo terremoto no Tibete.
Segundo o Ministério das Finanças chinês, esses fundos, alocados em conjunto com o Ministério dos Transportes, também buscarão prevenir desastres secundários, "detectar perigos ocultos" em estradas e pontes e garantir o transporte de ajuda emergencial e materiais de subsistência.