Veículo incendiado no consulado americano em Benghazi após ataque, em 13 de setembro de 2012 na Líbia (Afp.com / Gianluigi Guercia)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2014 às 13h49.
Washington - O governo americano não cometeu erros em sua resposta ao ataque cometido contra as instalações diplomáticas dos EUA em Benghazi, na Líbia, que deixou quatro mortos em 11 de setembro de 2012, concluiu uma investigação do Congresso divulgada nesta sexta-feira.
Desde o ataque contra a missão americana, no qual o embaixador dos Estados Unidos na Líbia morreu, tanto a Casa Branca como a CIA e o Departamento de Estado sofrem fortes críticas.
Segundo os críticos, a CIA não forneceu a segurança adequada aos seus próprios agentes em instalações próximas à legação diplomática, e não foram enviados reforços.
Mas, em seu relatório, a comissão de inteligência da Câmara dos Representantes, presidida por legisladores republicanos, da oposição, considera que a reação da agência de inteligência foi adequada.
"A CIA garantiu uma segurança suficiente aos seus agentes em Benghazi e, embora a ordem não tenha sido dada, socorreu (os agentes) do Departamento de Estado na noite do ataque", escreveram os legisladores.
"A CIA contou com todo o apoio militar disponível", consideram.
Apesar disso, os legisladores ressaltam que a segurança era insuficiente no complexo diplomático em que estava o embaixador no momento em que ele foi morto.
Mas a comissão concluiu que "nenhuma falha" impediu a coleta de informações antes dos ataques. A missão americana estava corretamente informada da deterioração da segurança em Benghazi, mas não conseguiu obter informações a respeito do ataque antes que este ocorresse.
O ataque de Benghazi ocorreu no aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gêmeas de Nova York e foi organizado por grupos armados líbios, alguns dos quais ligados à Al-Qaeda.
Logo depois da ação, Susan Rice, que na época era embaixadora dos Estados Unidos na ONU, afirmou que o ataque havia ocorrido em resposta à difusão de um vídeo contra o Islã no YouTube.
Os opositores ao governo de Barack Obama criticaram essa versão, que, segundo eles, tentava negar o papel da Al-Qaeda no ataque e proteger a imagem do presidente, em campanha pela reeleição na época.
Apesar disso, o informe garante que Rice se baseou nas conclusões feitas pelas agências de inteligência naquele momento.