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Relatório de paraísos fiscais é pouco convincente, diz China

Governo considerou pouco convincente relatório segundo o qual familiares de alguns dirigentes e poderosos empresários têm ativos em paraísos fiscais

Presidente chinês Xi Jinping: pelo menos 13 familiares dos principais líderes, entre eles um cunhado do presidente, fazem uso de paraísos fiscais, diz relatório (Goh Seng Chong/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 08h51.

Pequim - O governo chinês considerou nesta quarta-feira "pouco convincente" o relatório de um grupo de jornalistas internacionais segundo o qual familiares de alguns dos principais dirigentes chineses e poderosos empresários têm ativos em paraísos fiscais do Caribe.

Os dados do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (Icij), publicados hoje por vários veículos internacionais, revelam que pelo menos 13 familiares dos principais líderes, entre eles um cunhado do presidente Xi Jinping e o filho do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao, fazem uso destes paraísos fiscais.

A eles se somam 15 grandes empresários e companhias estatais chinesas.

Os dados são revelados em um momento em que o governo chinês está imerso em uma campanha contra a corrupção ordenada por Xi.

Segundo o relatório do Icij, elaborado a partir de vazamentos de duas empresas de serviços financeiros nas ilhas Virgens britânicas, mais de 22 mil clientes da China e Hong Kong utilizaram esses paraísos fiscais.

Além disso, o texto revela o papel de grandes bancos e empresas financeiras ocidentais como mediadores no estabelecimento de empresas nesses paraísos.

Ter contas em paraísos fiscais não é uma prática ilegal, mas gera dúvidas sobre a riqueza acumulada pela elite chinesa no poder.

"Parentes próximos dos principais líderes chineses mantiveram empresas secretas em paraísos fiscais que ajudaram a ocultar a riqueza da elite comunista", afirma o relatório do Icij.

Na entrevista coletiva diária do Ministério das Relações Exteriores da China, o porta-voz Qin Gang minimizou a importância do relatório.

"Do ponto de vista do leitor, a lógica desse artigo não é convincente. Isso faz com que se gerem dúvidas sobre se há outros motivos", declarou o porta-voz.

Perguntado sobre se a China agiria sobre as alegações do relatório, o porta-voz respondeu com um ambíguo "o inocente é inocente e as más práticas não podem ser ocultadas".

As autoridades chinesas não têm obrigação de revelar seus ativos, e nos últimos tempos endureceram sua oposição aos movimentos civis que exigem uma maior transparência dos dirigentes em um país de profundas desigualdades sociais.

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Pequim - O governo chinês considerou nesta quarta-feira "pouco convincente" o relatório de um grupo de jornalistas internacionais segundo o qual familiares de alguns dos principais dirigentes chineses e poderosos empresários têm ativos em paraísos fiscais do Caribe.

Os dados do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (Icij), publicados hoje por vários veículos internacionais, revelam que pelo menos 13 familiares dos principais líderes, entre eles um cunhado do presidente Xi Jinping e o filho do ex-primeiro-ministro Wen Jiabao, fazem uso destes paraísos fiscais.

A eles se somam 15 grandes empresários e companhias estatais chinesas.

Os dados são revelados em um momento em que o governo chinês está imerso em uma campanha contra a corrupção ordenada por Xi.

Segundo o relatório do Icij, elaborado a partir de vazamentos de duas empresas de serviços financeiros nas ilhas Virgens britânicas, mais de 22 mil clientes da China e Hong Kong utilizaram esses paraísos fiscais.

Além disso, o texto revela o papel de grandes bancos e empresas financeiras ocidentais como mediadores no estabelecimento de empresas nesses paraísos.

Ter contas em paraísos fiscais não é uma prática ilegal, mas gera dúvidas sobre a riqueza acumulada pela elite chinesa no poder.

"Parentes próximos dos principais líderes chineses mantiveram empresas secretas em paraísos fiscais que ajudaram a ocultar a riqueza da elite comunista", afirma o relatório do Icij.

Na entrevista coletiva diária do Ministério das Relações Exteriores da China, o porta-voz Qin Gang minimizou a importância do relatório.

"Do ponto de vista do leitor, a lógica desse artigo não é convincente. Isso faz com que se gerem dúvidas sobre se há outros motivos", declarou o porta-voz.

Perguntado sobre se a China agiria sobre as alegações do relatório, o porta-voz respondeu com um ambíguo "o inocente é inocente e as más práticas não podem ser ocultadas".

As autoridades chinesas não têm obrigação de revelar seus ativos, e nos últimos tempos endureceram sua oposição aos movimentos civis que exigem uma maior transparência dos dirigentes em um país de profundas desigualdades sociais.

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