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Reino Unido vê Brasil como oportunidade e não como ameaça

Segundo relatório, a coalizão de conservadores e liberais dirigida por David Cameron "deu os passos adequados para promover uma relação mais forte" com este "país-chave"

Carros para exportação: o Reino Unido se propõe a duplicar o comércio com o Brasil até 2015 (Vanderlei Almeida/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2011 às 08h33.

Londres - O rápido desenvolvimento do Brasil representa "uma oportunidade" para o Reino Unido , apesar da persistência de temas que podem minar o fortalecimento da relação bilateral, como o "endurecimento" da posição sobre as Malvinas, destaca um relatório publicado nesta terça-feira pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns.

"A crescente importância política e econômica do Brasil representa uma oportunidade para o Reino Unido, e não uma ameaça", afirma o relatório, baseado em várias sessões celebradas entre abril e junho no Parlamento britânico.

O documento avalia que a coalizão de conservadores e liberais dirigida pelo premier David Cameron "deu os passos adequados para promover uma relação mais forte" com este "país-chave", e alenta a adoção de mais medidas neste sentido.

O relatório cita o apoio britânico a uma cadeira permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Jogos Olímpicos realizados sucessivamente em Londres-2012 e no Rio de Janeiro-2016, e a conferência sobre desenvolvimento sustentável Rio+20 em 2012 como boas oportunidades para se aprofundar as relações bilaterais.

A comissão de Relações Exteriores recomenda ao governo que continue promovendo acordos para otimizar o comércio com o Brasil, e que examine as possibilidades de se evitar a redução do número de vistos para estudantes de fora da União Europeia para permitir que jovens brasileiros "de boa fé e adequadamente qualificados" possam ampliar sua formação no Reino Unido.

O painel presidido pelo deputado conservador Richard Ottaway também pede ao governo que siga atuando em prol de um acordo de livre comércio entre UE e Mercosul, o que oferecerá às empresas europeias "uma ampla vantagem em um enorme mercado", no momento em que o Reino Unido se propõe a duplicar o comércio com o Brasil até 2015.

Mas o relatório adverte que há "numerosas questões que têm potencial de minar ou desviar" a forte relação bilateral, incluindo a "atitude pouco colaboradora" do governo brasileiro em relação às Ilhas Malvinas, cuja soberania inglesa é questionada pela Argentina.

Neste aspecto, o documento cita a negativa brasileira, em janeiro passado, ao acesso ao porto do Rio de Janeiro do navio da Marinha Real "HMS Clyde", que patrulha habitualmente as Malvinas.

"Esperamos que o governo do Reino Unido adote todos os passos necessários para alentar o Brasil a melhorar seu histórico interno em matéria de direitos humanos e de luta contra a corrupção, e que tenha uma posição mais equilibrada e moderada sobre as Falklands (Malvinas)", concluiu o relatório.

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Londres - O rápido desenvolvimento do Brasil representa "uma oportunidade" para o Reino Unido , apesar da persistência de temas que podem minar o fortalecimento da relação bilateral, como o "endurecimento" da posição sobre as Malvinas, destaca um relatório publicado nesta terça-feira pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Comuns.

"A crescente importância política e econômica do Brasil representa uma oportunidade para o Reino Unido, e não uma ameaça", afirma o relatório, baseado em várias sessões celebradas entre abril e junho no Parlamento britânico.

O documento avalia que a coalizão de conservadores e liberais dirigida pelo premier David Cameron "deu os passos adequados para promover uma relação mais forte" com este "país-chave", e alenta a adoção de mais medidas neste sentido.

O relatório cita o apoio britânico a uma cadeira permanente do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Jogos Olímpicos realizados sucessivamente em Londres-2012 e no Rio de Janeiro-2016, e a conferência sobre desenvolvimento sustentável Rio+20 em 2012 como boas oportunidades para se aprofundar as relações bilaterais.

A comissão de Relações Exteriores recomenda ao governo que continue promovendo acordos para otimizar o comércio com o Brasil, e que examine as possibilidades de se evitar a redução do número de vistos para estudantes de fora da União Europeia para permitir que jovens brasileiros "de boa fé e adequadamente qualificados" possam ampliar sua formação no Reino Unido.

O painel presidido pelo deputado conservador Richard Ottaway também pede ao governo que siga atuando em prol de um acordo de livre comércio entre UE e Mercosul, o que oferecerá às empresas europeias "uma ampla vantagem em um enorme mercado", no momento em que o Reino Unido se propõe a duplicar o comércio com o Brasil até 2015.

Mas o relatório adverte que há "numerosas questões que têm potencial de minar ou desviar" a forte relação bilateral, incluindo a "atitude pouco colaboradora" do governo brasileiro em relação às Ilhas Malvinas, cuja soberania inglesa é questionada pela Argentina.

Neste aspecto, o documento cita a negativa brasileira, em janeiro passado, ao acesso ao porto do Rio de Janeiro do navio da Marinha Real "HMS Clyde", que patrulha habitualmente as Malvinas.

"Esperamos que o governo do Reino Unido adote todos os passos necessários para alentar o Brasil a melhorar seu histórico interno em matéria de direitos humanos e de luta contra a corrupção, e que tenha uma posição mais equilibrada e moderada sobre as Falklands (Malvinas)", concluiu o relatório.

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