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Reino Unido quer que Kadafi preste contas no TPI, diz Hague

No entanto, ministro não esclareceu onde o líder líbio deve ir depois de deixar o poder

Questionado sobre o que pode acontecer se os rebeldes líbios atacarem civis, Hague disse que não queria falar porque é uma "situação hipotética" (Oli Scarff/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2011 às 07h05.

Londres - O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, afirmou hoje que o Reino Unido quer que Muammar Kadafi preste contas no Tribunal Penal Internacional (TPI), mas evitou falar sobre qual deverá ser o destino do líder líbio se decidir deixar o poder.

Em declarações à cadeia "BBC" por ocasião da reunião internacional realizada nesta terça-feira em Londres sobre a crise líbia, Hague disse que seu país não sabe "aonde (Kadafi) pode ir. Não vou escolher o lar para a retirada do coronel Kadafi".

"Certamente acho que ele deve comparecer a um tribunal. As pessoas que perpetram delitos, se o promotor (do TPI, Luis Moreno Ocampo) tem informações sobre eles, devem apresentar-se perante o Tribunal Penal Internacional", manifestou.

"Mas aonde vai, se é que vai deixar a Líbia, depende dele e do povo do país para decidir isso, e nós não necessariamente controlamos isso", acrescentou o ministro.

Questionado sobre o que pode acontecer se os rebeldes líbios atacarem civis, o chefe da diplomacia britânica disse que não queria falar sobre o assunto porque é uma "situação hipotética".

"O que fazemos é deixar muito claro à oposição que esperamos que eles não ataquem a população civil em nenhuma cidade", ressaltou Hague, que insistiu ainda que a conferência de hoje estudará as necessidades da população da Líbia.

Delegações dos países da coalizão internacional, da ONU, Otan, União Africana e Liga Árabe se reúnem hoje em Londres para tratar da crise líbia e do futuro de Kadafi.

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"Certamente acho que ele deve comparecer a um tribunal. As pessoas que perpetram delitos, se o promotor (do TPI, Luis Moreno Ocampo) tem informações sobre eles, devem apresentar-se perante o Tribunal Penal Internacional", manifestou.

"Mas aonde vai, se é que vai deixar a Líbia, depende dele e do povo do país para decidir isso, e nós não necessariamente controlamos isso", acrescentou o ministro.

Questionado sobre o que pode acontecer se os rebeldes líbios atacarem civis, o chefe da diplomacia britânica disse que não queria falar sobre o assunto porque é uma "situação hipotética".

"O que fazemos é deixar muito claro à oposição que esperamos que eles não ataquem a população civil em nenhuma cidade", ressaltou Hague, que insistiu ainda que a conferência de hoje estudará as necessidades da população da Líbia.

Delegações dos países da coalizão internacional, da ONU, Otan, União Africana e Liga Árabe se reúnem hoje em Londres para tratar da crise líbia e do futuro de Kadafi.

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