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Rei saudita propõe criação de centro de diálogo islâmico

Abdul Aziz fez essa proposta diante de chefes de Estado de países sunitas e xiitas


	Abdullah bin Abdul Aziz: ''A ''umma'' (nação) muçulmana vive hoje uma situação de discórdia e divisão e, por essa causa, derramamos o sangue de seus filhos 
 (Getty Images)

Abdullah bin Abdul Aziz: ''A ''umma'' (nação) muçulmana vive hoje uma situação de discórdia e divisão e, por essa causa, derramamos o sangue de seus filhos  (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2012 às 19h21.

Riad - Na inauguração da cúpula da Organização da Cooperação Islâmica (OCI) na cidade de Meca, realizada nesta terça-feira, o rei da Arábia Saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, defendeu a criação de um centro de diálogo entre os galhos do islã com objetivo de unir a voz dos muçulmanos.

Abdul Aziz fez essa proposta diante de chefes de Estado de países sunitas e xiitas, como o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com o qual a Arábia Saudita mantém há anos uma tensa relação. Devido aos conflitos na Síria e no Bahrein, essa situação se agravou ainda mais.

''A ''umma'' (nação) muçulmana vive hoje uma situação de discórdia e divisão e, por essa causa, derramamos o sangue de seus filhos neste mês sagrado do Ramadã em vários lugares do mundo islâmico'', disse Abdul Aziz.

Desta forma, o rei saudita considerou que a solução deve ser a solidariedade, a tolerância e a unidade, ''antes de tudo o que possa prejudicar a nossa religião e a nossa união''.

''Proponho a criação de um centro de diálogo entre as diferentes raízes islâmicas para chegar a uma palavra unida'', disse o monarca, que acrescentou que seus membros deveriam ser propostos pela Secretaria-Geral e pelo Conselho Ministerial da OCI e escolhidos em uma cúpula islâmica.

Como país sede desse centro de diálogo, Abdul Aziz sugeriu a capital saudita, Riad.

A OCI celebra entre hoje e amanhã sua cúpula de chefes de Estado, onde está previsto que se estude a possibilidade de suspender a participação da Síria na organização.

Esta medida é, no entanto, rejeitada pelo Irã, um dos principais aliados do regime de Bashar al Assad, que, por sua vez, recebe uma forte oposição por parte das autoridades do Catar e da Arábia Saudita. 

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