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Rei do Bahrein diz que caças franceses são ultrapassados

Documentos vazados pelo WikiLeaks mostram críticas ao modelo Rafale, o mesmo que o Brasil estuda comprar da França

Caça Rafale: a França nunca conseguiu vender o modelo no exterior (Pascal Le Segretai/Getty Images)

Caça Rafale: a França nunca conseguiu vender o modelo no exterior (Pascal Le Segretai/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 16h58.

Paris - Em uma nova divulgação de correspondências diplomáticas americanas realizada pelo site WikiLeaks a partir de domingo, o rei do Bahrein afirmou há um ano que o caça francês Rafale, que a França quer vender ao Brasil, tem "tecnologia ultrapassada".

Assim afirmou o soberano do Bahrein durante uma reunião realizada no dia 1 de novembro de 2009 com o general americano David Petraeus para discutir a cooperação regional em matéria de defesa, segundo um dos documentos secretos divulgados pelo WikiLeaks.

"O rei Hamad bin Issa al Khalifa pediu apoio ao general Petraeus (então comandante do exército americano encarregado do Oriente Médio) para que fabricantes de aeronaves dos EUA participassem do Salão Aeronáutico do Bahrein, previsto para janeiro de 2010", segundo a carta escrita pela embaixada dos EUA em Manama.

"Disse que a França estava dando o seu total apoio a que o Rafale estivesse lá, mas concordou com Petraeus que o caça francês era de tecnologia ultrapassada", segundo o informe diplomático.

A França nunca foi capaz de vender o Rafale ao exterior. Até agora, a sua maior esperança está depositada no Brasil, onde quer obter um contrato multimilionário com a venda de 36 caças fabricados pela Dassault.

O Rafale francês compete no Brasil com o F/A-18 Super Hornet da Boeing e com o Gripen NG, da sueca Saab.

A decisão do atual governo do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva - que sairá do cargo no dia 1 de janeiro, dando lugar à presidente eleita Dilma Rousseff - ainda não foi anunciada, e não há prazo para que isso ocorra.

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