Mundo

Rei da Tailândia pede união pelo bem do país

Bhumibol Adulyadej fez um pedido de união para seus súditos pelo bem do país, no discurso de celebração de seu aniversário

Manifestantes antigoverno agitam bandeiras enquanto comemoram a entrada no complexo da sede da polícia metropolitana, em Bangkok, Tailândia (Damir Sagolj/Reuters)

Manifestantes antigoverno agitam bandeiras enquanto comemoram a entrada no complexo da sede da polícia metropolitana, em Bangkok, Tailândia (Damir Sagolj/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 05h34.

Bangcoc - O rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej, fez um pedido de união para seus súditos nesta quinta-feira pelo bem do país, no discurso de celebração de seu aniversário, que acontece após os últimos protestos antigovernamentais.

"A Tailândia se manteve pacífica graças à união dos tailandeses e ao seu amor pelo país", disse o monarca que hoje completa 86 anos em um pronunciamento retransmitido por todos os canais de televisão do país.

"O povo tailandês vai contribuir para a segurança, felicidade e prosperidade do país em sua totalidade se cumprir com suas obrigações de forma adequada", acrescentou o rei.

O discurso institucional aconteceu depois de vários dias de distúrbios em Bangcoc entre manifestantes antigovernamentais e a polícia, que foram interrompidos na terça-feira de manhã com uma trégua estipulada por causa do aniversário do monarca.

A primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e seu gabinete estiveram presentes na recepção oferecida na cidade de Hua Hin pelo rei e que, pela primeira vez, aconteceu fora da capital.

O rei reside no palácio de verão que a Família Real possui nessa cidade litorânea, situada a cerca de 200 quilômetros de Bangcoc, desde que deixou o hospital Siriraj da capital em agosto, onde estava internado desde 2009.

Milhares de pessoas, com camisas e bandeirolas amarelas, a cor da monarquia, esperavam desde ontem à noite nas ruas de Hua Hin para ver a passagem da comitiva real a caminho do Palácio de Klai Kangwon, onde aconteceu a recepção.


A multidão saudou o monarca com bandeiras e o cumprimentou com gritos de "longa vida ao rei" durante a passagem da longa caravana de veículos.

Bhumibol Adulyadej foi coroado em 1946 e é o nono soberano da dinastia Chakri. O monarca é reverenciado por grande parte dos tailandeses como se fosse uma divindade e adulado pela imprensa do país.

No entanto, por causa da instabilidade política na Tailândia, o papel da monarquia passou a ser questionado por alguns setores da sociedade, sobretudo, a estrita aplicação da lei de "lesada altivez".

Nos últimos anos, vários tailandeses e alguns estrangeiros foram formalmente acusados de cometer esse crime, quando na década de 1990 a lei quase não foi utilizada, segundo o Grupo de Conscientização do Artigo 112, uma organização que faz campanha contra o uso dessa lei.

A lei de "lesada altivez" contempla penas de até 15 anos de prisão para as pessoas que forem declaradas culpadas.

A precária saúde de Bhumibol, que aparece em público ou concede audiências em raras ocasiões, causa preocupação e ansiedade entre a população pelo futuro do país.

O herdeiro do trono é seu único filho homem, o príncipe Maha Vajiralongkorn, de 60 anos, que não goza da mesma popularidade de seu pai.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaPolíticaProtestosProtestos no mundoTailândia

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua