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Regime sírio prevê uso de armas químicas, diz desertor

Segundo ex-diretor do arsenal químico do país, a medida seria tomada como "último recurso"


	Membros de uma família síria na porta de um hospital de Alepo após bombardeio do Exército: a  população pode ser atingida pelas armas químicas
 (Marco Longari)

Membros de uma família síria na porta de um hospital de Alepo após bombardeio do Exército: a  população pode ser atingida pelas armas químicas (Marco Longari)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2012 às 09h04.

Londres - O regime sírio prevê o uso de armas químicas contra a população como "último recurso", afirma um general desertor, apresentado como ex-diretor do arsenal químico do país, em uma entrevista ao jornal britânico The Times.

O general Adnan Sillu afirma que desertou há três meses, depois de participar em reuniões de alto nível sobre o uso de armas químicas contra os rebeldes e a população.

"Tínhamos discussões sérias sobre o uso de armas químicas, incluindo a maneira de utilizá-las e em quais áreas", declarou ao jornal.

"Discutimos como último recurso, como a perda pelo regime do controle de uma zona importante como Alepo", completou o ex-general.

Entrevistado na Turquia, Sillu manifestou a convicção de que o regime de Damasco pode recorrer a armamento químico contra a população e que as discussões provocaram sua deserção.

A revista alemã Der Spiegel afirmou na segunda-feira que o exército sírio fez testes com armas químicas no fim de agosto perto de Safira, ao leste de Alepo.

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