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Regime sírio prende e tortura menores de idade, diz ONG

A HRW comprovou que o governo usa escolas como centros de detenção, postos de franco-atiradores e barracões para militares

Segundo o comunicado, a HRW entrevistou mais de 100 crianças e adolescentes, além de adultos que viram menores detidos pelas forças de segurança sírias  (LCC SYRIA/AFP)

Segundo o comunicado, a HRW entrevistou mais de 100 crianças e adolescentes, além de adultos que viram menores detidos pelas forças de segurança sírias (LCC SYRIA/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 10h46.

Cairo - A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta sexta-feira que o Exército e as forças de segurança da Síria prenderam de forma arbitrária e torturaram menores de idade desde que os protestos contra o presidente, Bashar al Assad, começaram, há quase um ano.

'As forças de segurança sírias mataram, detiveram e torturaram menores de idade dentro de suas casas, escolas ou nas ruas. Em muitas ocasiões, foram tratados como adultos', explicou em comunicado Lois Whitman, diretor dos direitos da criança da organização.

A HRW comprovou que o governo usa escolas como centros de detenção, postos de franco-atiradores e barracões para militares e pediu ao regime sírio que deixe de enviar as forças de segurança a colégios e hospitais.

Alaa, um adolescente de 16 anos de Homs, a cidade mais atingida pela repressão do regime sírio, disse à HRW que as forças de segurança sírias o mantiveram preso durante oito meses por ter participado de algumas manifestações.

'Eles algemaram minha mão esquerda, com a qual me penduraram no teto e me deixaram assim durante sete horas, a dois centímetros do chão', afirmou Alaa.

O menino só foi libertado depois que seus pais subornaram com US$ 436 um segurança do presídio onde estava detido. Alaa afirmou ter ficado preso junto com mais de 150 jovens menores de 18 anos.

Segundo o comunicado, a HRW entrevistou mais de 100 crianças e adolescentes, além de adultos que viram menores detidos pelas forças de segurança sírias em várias cidades do país desde que os protestos em março de 2011 começaram.

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