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AL e países ibéricos querem que ONU trate mais sobre drogas

Entre as questões que precisam ser mais bem avaliadas pela ONU, segundo os chefes de estados desses países, estão as consequências da legalização de certas drogas


	Apreensão de drogas no Rio de Janeiro: Portugal, Espanha e países da América Latina querem avaliar melhor os crimes gerados pela venda de entorpecentes
 (AGÊNCIA BRASIL)

Apreensão de drogas no Rio de Janeiro: Portugal, Espanha e países da América Latina querem avaliar melhor os crimes gerados pela venda de entorpecentes (AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2012 às 18h25.

Cádiz - Os chefes de Estado da América Latina, Espanha e Portugal concordaram, neste sábado, na realização de uma sessão especial da Assembleia Geral da ONU sobre o problema mundial da droga.

O respaldo a essa sessão foi assinado na Declaração de Cádiz, o documento aprovado pelos líderes que assistiram à XXII Cúpula Ibero-Americana que terminou neste sábado.

A cúpula pede que a sessão especial centrada no problema das drogas seja convocada pelas Nações Unidas 'o mais tardar em 2015', com o objetivo de 'avaliar as conquistas e as limitações das políticas atuais para enfrentar o dito problema, em particular a violência que gera a produção, o tráfico e o consumo de drogas em todo o mundo'.

Também pedem que sejam identificadas as ações que permitam aumentar a eficácia dessas estratégias e os instrumentos com que a comunidade internacional conta para enfrentar esse desafio.

A Declaração de Cádiz respalda, além disso, analisar as consequências política, econômicas e sociais das medidas que foram adotadas ou estão sendo discutidas em alguns países para legalizar o consumo de certas drogas, 'o que representa uma mudança significativa a respeito das convenções internacionais vigentes', assinala o documento.

A Declaração reconhece, além disso, que a violência provocada por grupos organizados transnacionalmente, especialmente o problema mundial das drogas, o tráfico de imigrantes e de armas e a lavagem de dinheiro, 'representa uma grave ameaça para o bem-estar e a segurança dos cidadãos, assim como para o crescimento, o desenvolvimento econômico e, em alguns contextos, a estabilidade democrática e o Estado de Direito'.

O presidente do México Felipe Calderón - que está no fim do mandato- , se despediu de seus colegas ibero-americanos com o pedido de uma reflexão sobre os efeitos da descriminalização em alguns estados dos EUA da maconha e a necessidade de combater o crime organizado que sustenta o narcotráfico.

Em seu discurso perante o plenário da XXII Cúpula Ibero-Americana, Calderón criticou a decisão de alguns estados dos EUA de legalizar a produção e o consumo de maconha e lembrou que nos países latino-americanos, a droga alimenta a violência e o crime organizado capaz de derrubar governos.

'Desde os Andes aos EUA, todos os países estamos nesta rota da morte', disse, ao se referir a organizações criminosas que traficam droga, armas e imigrantes.

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