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Refugiados continuam parados na Croácia e na Eslovênia

Dos cerca de 600 mil refugiados que passaram pela Croácia desde setembro, só 39 pediram asilo neste país


	Refugiados: "O maior problema para esta gente é a incerteza, não sabem o que será deles"
 (Srdjan Zivulovic / Reuters)

Refugiados: "O maior problema para esta gente é a incerteza, não sabem o que será deles" (Srdjan Zivulovic / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2016 às 09h09.

Zagreb - Pela Eslovênia e Croácia, dois países da "rota dos Balcas", já não passam refugiados há três dias, mas centenas de imigrantes continuam "presos" em alguns centros de amparo.

No centro croata de Slavonski Brod, no leste do país, há 320 refugiados que a Eslovênia tinha devolvido como "imigrantes econômicos" e que a Croácia planeja devolver à Sérvia.

"O maior problema para esta gente é a incerteza, não sabem o que será deles", declarou hoje à Ivan Usmiani, representante da Cruz Vermelha croata.

No centro de Jezevo, 20 quilômetros ao leste de Zagreb, há outros 80 imigrantes, que também esperam uma provável deportação.

Dos cerca de 600 mil refugiados que passaram pela Croácia desde setembro, só 39 pediram asilo neste país, e todos continuam esperando uma resposta das autoridades.

Já na Eslovênia, há somente 152 pessoas nos centros de refugiados, que poderiam ser devolvidos à Croácia, enquanto outros 362 refugiados esperam a resposta às suas solicitações de asilo.

Dos mais de 477 mil refugiados que desde outubro passaram pela Eslovênia em seu caminho à Europa central, 460 pediram asilo e só dez já receberam.

Na Áustria, a estação seguinte da rota balcânica à caminho da Alemanha, foram registrados ano passado 90 mil solicitações de asilo e neste ano 11 mil.

O governo esloveno considerará hoje o amparo a 863 refugiados que permanecem na Itália e na Grécia, cota que cabe ao país de acordo com o acordo de repartição estipulado ano passado pelos países-membros da União Europeia (UE).

O secretário de Estado do ministério de Interior esloveno, Bostjan Sefic, anunciou hoje que os primeiros 40 refugiados poderiam ser transferidos à Eslovênia em abril.

"A afluência de refugiados parou, agora nos concentraremos no realojamento", disse Sefic.

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