Redução do déficit será prioridade do governo britânico
A rainha Elizabeth II anunciou ainda que 80% dos deputados da Câmara dos Lordes serão eleitos e não mais indicados
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2012 às 11h48.
Londres - A rainha do Reino Unido , Elizabeth II, apresentou nesta quarta-feira numa cerimônia no Palácio de Westminster as prioridades do governo britânico para este mandato parlamentar, que incluem a redução do déficit e a estabilidade econômica.
Como manda a tradição, a soberana de 86 anos percorreu o curto trajeto que separa o Palácio de Buckingham e o Parlamento numa carruagem ao lado de seu marido, o duque de Edimburgo, e apresentou para os congressistas da Câmara dos Lordes e dos Comuns os 14 projetos de lei e as quatro minutas preparadas pelo governo de coalizão de conservadores e liberais-democratas.
Com o programa, o Executivo do conservador David Cameron procura recuperar o apoio da população após a derrota sofrida nas eleições municipais do dia 3 de maio, quando os dois partidos que estão no poder foram superados pelos trabalhistas.
Ao contrário de governos anteriores, que chegaram a apresentar até quarenta projetos, o programa de Cameron é enxuto e centrado na redução do déficit fiscal do país, que em março chegou a 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
De branco e adornada com uma capa de arminho (pequeno mamífero típico de regiões temperadas) e a coroa imperial, Elizabeth II seguiu passo a passo a tradição da monarquia parlamentar britânica ao pedir que um emissário convocasse os deputados para escutar o seu discurso, que foi apresentado no trono da Câmara dos Lordes.
Após percorrer o longo corredor que separa as duas câmaras do Parlamento britânico, o emissário deu três golpes na porta dos Comuns para avisar os deputados do chamado de Elizabeth II.
Quando todos estavam na Câmara Alta, os lordes (com roupas de arminho e sentados) e os comuns (com traje comum e em pé) escutaram da boca da rainha o programa de Cameron.
Antes de enumerar cada um dos projetos, a monarca começou seu discurso assinalando que a prioridade do governo é reduzir o déficit e conseguir a estabilidade econômica do país.
O programa contempla uma reforma política na Câmara dos Lordes, mudanças no sistema bancário e na previdência estatais e uma medida que exime o Reino Unido de participar dos resgates financeiros da zona do euro.
Em relação à Câmara dos Lordes, o objetivo é reduzir o número de deputados (800) e fazer com que 80% seja eleito por um sistema proporcional. Hoje, a maioria dos congressistas é designada pela rainha sob recomendação do primeiro-ministro ou por herança aristocrática.
No programa está incluído também um texto que obrigará os bancos a separarem seus departamentos de investimento e comercial, com o objetivo de proteger os depósitos dos clientes em caso de quebra em função das operações mais arriscadas.
Se for aprovada, esta lei tornará mais fácil fechar instituições bancárias com dificuldades e evitará o resgate por parte do contribuinte, como ocorreu durante a crise de 2008.
Outra meta do governo é criar o Banco Verde de Investimento, que apoiará projetos de desenvolvimento sustentável.
Além disso, o programa inclui um polêmico projeto que prevê um controle da internet e das redes sociais, o que ajudará as autoridades a combater atividades terroristas.
A lei permitirá que o serviço secreto tenha acesso as mensagens trocadas pela internet, o que causou mal-estar entre organizações defensoras dos direitos civis.
Outro projeto é a reforma da idade de aposentadoria, que será aumentada de 65 para 67 anos até 2028. Além disso, o governo tem a intenção de criar a nova Agência Nacional contra o Crime, que deverá começar a funcionar no ano que vem. A missão é combater o crime organizado e reforçar a segurança nas fronteiras.
Outras prioridades de Cameron é apoiar a estabilidade do Afeganistão e utilizar a presidência do Grupo dos 8, que será desempenhada pelo Reino Unido em 2013, para aumentar a segurança internacional.
Londres - A rainha do Reino Unido , Elizabeth II, apresentou nesta quarta-feira numa cerimônia no Palácio de Westminster as prioridades do governo britânico para este mandato parlamentar, que incluem a redução do déficit e a estabilidade econômica.
Como manda a tradição, a soberana de 86 anos percorreu o curto trajeto que separa o Palácio de Buckingham e o Parlamento numa carruagem ao lado de seu marido, o duque de Edimburgo, e apresentou para os congressistas da Câmara dos Lordes e dos Comuns os 14 projetos de lei e as quatro minutas preparadas pelo governo de coalizão de conservadores e liberais-democratas.
Com o programa, o Executivo do conservador David Cameron procura recuperar o apoio da população após a derrota sofrida nas eleições municipais do dia 3 de maio, quando os dois partidos que estão no poder foram superados pelos trabalhistas.
Ao contrário de governos anteriores, que chegaram a apresentar até quarenta projetos, o programa de Cameron é enxuto e centrado na redução do déficit fiscal do país, que em março chegou a 6,4% do Produto Interno Bruto (PIB).
De branco e adornada com uma capa de arminho (pequeno mamífero típico de regiões temperadas) e a coroa imperial, Elizabeth II seguiu passo a passo a tradição da monarquia parlamentar britânica ao pedir que um emissário convocasse os deputados para escutar o seu discurso, que foi apresentado no trono da Câmara dos Lordes.
Após percorrer o longo corredor que separa as duas câmaras do Parlamento britânico, o emissário deu três golpes na porta dos Comuns para avisar os deputados do chamado de Elizabeth II.
Quando todos estavam na Câmara Alta, os lordes (com roupas de arminho e sentados) e os comuns (com traje comum e em pé) escutaram da boca da rainha o programa de Cameron.
Antes de enumerar cada um dos projetos, a monarca começou seu discurso assinalando que a prioridade do governo é reduzir o déficit e conseguir a estabilidade econômica do país.
O programa contempla uma reforma política na Câmara dos Lordes, mudanças no sistema bancário e na previdência estatais e uma medida que exime o Reino Unido de participar dos resgates financeiros da zona do euro.
Em relação à Câmara dos Lordes, o objetivo é reduzir o número de deputados (800) e fazer com que 80% seja eleito por um sistema proporcional. Hoje, a maioria dos congressistas é designada pela rainha sob recomendação do primeiro-ministro ou por herança aristocrática.
No programa está incluído também um texto que obrigará os bancos a separarem seus departamentos de investimento e comercial, com o objetivo de proteger os depósitos dos clientes em caso de quebra em função das operações mais arriscadas.
Se for aprovada, esta lei tornará mais fácil fechar instituições bancárias com dificuldades e evitará o resgate por parte do contribuinte, como ocorreu durante a crise de 2008.
Outra meta do governo é criar o Banco Verde de Investimento, que apoiará projetos de desenvolvimento sustentável.
Além disso, o programa inclui um polêmico projeto que prevê um controle da internet e das redes sociais, o que ajudará as autoridades a combater atividades terroristas.
A lei permitirá que o serviço secreto tenha acesso as mensagens trocadas pela internet, o que causou mal-estar entre organizações defensoras dos direitos civis.
Outro projeto é a reforma da idade de aposentadoria, que será aumentada de 65 para 67 anos até 2028. Além disso, o governo tem a intenção de criar a nova Agência Nacional contra o Crime, que deverá começar a funcionar no ano que vem. A missão é combater o crime organizado e reforçar a segurança nas fronteiras.
Outras prioridades de Cameron é apoiar a estabilidade do Afeganistão e utilizar a presidência do Grupo dos 8, que será desempenhada pelo Reino Unido em 2013, para aumentar a segurança internacional.