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Rede desmontada trazia 150 imigrantes por semana aos EUA

Os traficantes cobravam US$ 5 mil de cada imigrante ilegal, o que transformava a rede em uma organização multimilionária


	Rede cobrava US$ 5 mil de cada imigrante, o que a transformava em uma organização multimilionária
 (Joe Raedle/AFP)

Rede cobrava US$ 5 mil de cada imigrante, o que a transformava em uma organização multimilionária (Joe Raedle/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2015 às 09h31.

Austin - As autoridades americanas prenderam 25 pessoas e desarticularam uma rede de tráfico que introduzia 150 imigrantes ilegais nos Estados Unidos por semana através da fronteira entre Texas e México, segundo informou nesta sexta-feira o Departamento de Segurança Nacional.

Esta rede, que estava liderada por Jaime Jaramillo Hernández, de 49 anos e natural de San Antonio (Texas), introduziu nos últimos anos "milhares de imigrantes ilegais" em troca de "milhões de dólares", esclareceu em entrevista coletiva James Spero, agente responsável pela investigação em San Antonio.

Os traficantes cobravam US$ 5 mil de cada imigrante ilegal, o que transformava a rede em uma "organização multimilionária", nas palavras de Spero.

A rede introduzia os imigrantes através da cidade fronteiriça de Laredo, no México, e os transferia a San Antonio, Austin ou Dallas, nos Estados Unidos.

Além disso, os investigadores acreditam que a rede liderada por Jaramillo tinha vínculos com cartéis mexicanos da droga e que 10% de suas receitas estavam destinadas a encher os cofres destas organizações criminosas.

Por sua parte, o procurador-geral dos Estados Unidos para o Distrito Oeste do Texas, Richard Durbin, ressaltou que os números movimentados por esta rede demonstram que "a fronteira está sob controle".

"Não se trata de uma fronteira porosa pela qual as pessoas entram com facilidade. Se a entrada fosse simples, não seria necessário expor as pessoas a perigos nem cobrar as tarifas que cobram", considerou.

Há alguns anos, o preço para atravessar a fronteira era de US$ 1.500, garantiu Durbin.

Na operação, que foi realizada durante toda esta semana, os agentes apreenderam US$ 187.000, 19 veículos e três armas de fogo.

Os detidos podem ser condenados a penas de até 10 anos de prisão e multas de até US$ 250.000 cada um. 

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