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Rebeldes sírios rejeitam oferta de entregar armas e se render

"Nossa escolha é a resistência ao invés de obedecer a essas condições, que são rechaçadas pelos opositores e pelos moradores", comentou o líder

Rebeldes: o grupo lamentou que ninguém impedirá que após a rejeição, o governo de al-Assad os bombardeie (Reuters)

Rebeldes: o grupo lamentou que ninguém impedirá que após a rejeição, o governo de al-Assad os bombardeie (Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 13h22.

Riad - Facções rebeldes da Síria anunciaram nesta quinta-feira que vão rejeitar uma proposta apresentada pelo governo de Bashar al Assad para que entreguem suas armas e se retirem das populações de Yalda, Babila e Beit Sahem, que ficam ao sul da capital Damasco.

O líder de operações da facção rebelde Exército Abadil, Abu Ahmed Sadiq, disse à Agência Efe que os líderes religiosos dessas três localidades vão transmitir hoje ao governo sua rejeição a essa iniciativa, que faz parte de um processo de "reconciliação" lançado pelo governo e que é negociado população por população.

"Nossa escolha é a resistência ao invés de obedecer a essas condições, que são rechaçadas pelos opositores e pelos moradores", comentou Sadiq.

A proposta do governo de Damasco contém 46 cláusulas, entre as quais se destacam a entrega das armas pelos combatentes e sua saída dessas localidades, onde vivem cerca de 100 mil pessoas.

A região é controlada por facções da oposição armada englobadas no Movimento Islâmico dos Livres de Sham (Levante), entre elas a Legião de al-Sham, o Exército do Islã, o Exército Ababil e os Livres de Sham.

"O regime nos obriga a escolher entre o deslocamento forçado ou os barris de explosivos", comentou Sadiq.

O combatente afirmou que as forças governamentais vão bombardear a região assim que forem notificadas de sua rejeição e lamentou que "ninguém na comunidade internacional vai impedir isto".

"Somos capazes de resistir como fizemos antes", acrescentou o líder rebelde.

Desde o dia 30 de dezembro, está em vigor um cessar-fogo em todo o território sírio, mas várias violações da trégua por ambas as partes foram registradas desde então.

Após a entrada em vigor do cessar-fogo, a violência se concentrou na região de Wadi Barada, ao noroeste de Damasco, controlada pelos rebeldes e de importância estratégica para o regime e para o abastecimento de água à capital síria e sua periferia.

O cessar-fogo está sendo aplicado a todos os grupos armados opositores, exceto os considerados terroristas por Damasco, como o jihadista Estado Islâmico (EI) e a Frente da Conquista do Levante (antiga Frente al Nusra, ex-braço sírio da Al Qaeda).

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