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Rebeldes sírios atacam aeroporto militar no noroeste

Frente al-Nusra, ligada à Al Qaeda, a Brigada Ahrar al-Sham e outras unidades operando na província de Idlib atacaram o aeroporto militar Afis


	Insurgentes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad veem o poder aéreo das forças do governo como a principal ameaça
 (Karm Seif/Shaam News Network/Reuters)

Insurgentes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad veem o poder aéreo das forças do governo como a principal ameaça (Karm Seif/Shaam News Network/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 09h03.

Beirute - Rebeldes sírios, alguns de unidades islamistas, dispararam tiros de metralhadora e morteiros contra helicópteros parados em uma base aérea militar no norte, perto da principal rodovia que liga Aleppo a Damasco, nesta quarta-feira, disse um grupo de monitoramento.

A Frente al-Nusra, ligada à Al Qaeda, a Brigada Ahrar al-Sham e outras unidades operando na província de Idlib, no noroeste da Síria, estavam atacando o aeroporto militar Afis perto de Taftanaz, disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um grupo pró-oposição.

Não houve relato imediato sobre os combates ao redor da base aérea por parte da mídia estatal síria.

Insurgentes que tentam derrubar o presidente Bashar al-Assad veem o poder aéreo das forças do governo como a principal ameaça. Eles detêm faixas das províncias no leste e no norte, além de um crescente de subúrbios ao redor da capital Damasco, mas vêm sendo incapazes de proteger o território rebelde de ataques implacáveis de helicópteros e caças.

Nos últimos meses, as unidades rebeldes controlaram várias instalações militares, principalmente ao longo da principal artéria norte-sul da Síria, de Aleppo, sua cidade mais populosa, até Damasco.

O diretor do Observatório, Rami Abdelrahman, disse que o ataque de quarta-feira foi o último de várias tentativas de capturar a base. Uma imagem por satélite do aeroporto mostra mais de 40 pontos de aterrissagem de helicóptero, uma pista e hangares de aeronaves.

Cerca de 45.000 pessoas morreram no conflito sírio, que começou em março de 2011 com protestos pacíficos contra quatro décadas de regime da família Assad, mas se transformou em uma revolta armada depois de meses de repressão do governo.

Em Damasco, as forças de Assad dispararam artilharia e morteiros nos distritos de Douma, Harasta, Irbin e Zamlaka, no leste, onde rebeldes detêm uma posição, disseram ativistas que moram ali.

A guerra civil da Síria foi o pior e mais longo conflito a surgir dos levantes que começaram a varrer o mundo árabe em 2011 e desenvolveu um elemento sectário significante.

Os rebeldes, a maioria da maioria muçulmana sunita, combatem as forças de segurança e o exército de Assad, dominados pela sua seita alauíta, derivada dos xiitas, que, junto com outras minorias, teme uma retaliação se ele cair.

Mais de 110 pessoas, inclusive pelo menos 31 milicianos e soldados de Assad, foram mortos na Síria no primeiro dia de 2013, segundo o Observatório, que rastreia o conflito da Grã-Bretanha, usando uma rede de contatos dentro do país.

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