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Rebeldes pró-Rússia acusam Ucrânia de bombardeio

O governo ucraniano e os rebeldes trocaram acusações após ataques de artilharia e morteiros na quinta-feira

Civis participam de uma sessão de treinamento da unidade de Defesa Territorial de Kiev em 29 de janeiro de 2022 em Kiev, Ucrânia. (Chris McGrath/Getty Images)

Civis participam de uma sessão de treinamento da unidade de Defesa Territorial de Kiev em 29 de janeiro de 2022 em Kiev, Ucrânia. (Chris McGrath/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de fevereiro de 2022 às 09h08.

Última atualização em 18 de fevereiro de 2022 às 10h27.

Os rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia acusaram as forças do governo ucraniano de bombardearem uma aldeia nesta sexta-feira, enquanto a mídia russa noticiou que mais unidades de infantaria e tanques estavam voltando para suas bases, em contraste com os temores ocidentais de uma iminente invasão russa.

Pelo segundo dia consecutivo, separatistas pró-Rússia que estão em guerra com a Ucrânia há anos disseram ter ficado sob fogo de morteiro e artilharia das forças ucranianas, de acordo com a agência de notícias Interfax.

O governo ucraniano e os rebeldes trocaram acusações pela escalada de tensão após ataques de artilharia e morteiros na quinta-feira, provocando receios de que a Rússia, que reuniu mais de 100.000 soldados perto das fronteiras da Ucrânia, pudesse se envolver.

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O Kremlin disse na quinta-feira que estava "profundamente preocupado" com a escalada na Ucrânia e que estava observando a situação de perto. Os Estados Unidos disseram que a Rússia estava procurando um pretexto para a guerra.

A Ucrânia e os separatistas pró-russos estão em conflito há oito anos, e um cessar-fogo entre as partes é violado frequentemente, mas a intensidade dos combates aumentou notavelmente nesta semana.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse na quinta-feira que a Rússia está preparando um pretexto para justificar um possível ataque à Ucrânia, cuja ambição de um dia aderir à aliança militar Otan enfureceu Moscou.

Na maior crise de segurança da Europa em décadas, a Rússia reuniu tropas, tanques e armas pesadas nas fronteiras da Ucrânia e exigiu garantias de que Kiev nunca irá ingressar na Otan, algo que o governo ucraniano se recusou a fazer.

Mesmo assim, a Rússia diz não ter intenção de invadir a Ucrânia e acusa o Ocidente de histeria por causa de sua presença militar nas fronteiras, dizendo que algumas de suas tropas já voltaram para as bases.

Os líderes ocidentais, no entanto, dizem que a Rússia continua sendo capaz de lançar uma invasão a qualquer momento.

Os esforços diplomáticos continuarão nesta sexta-feira, quando Biden fará uma videoconferência com os líderes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Polônia, Romênia, Reino Unido, União Europeia e Otan.

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