Mundo

Rebeldes líbios negam nomeação de presidente interino

Segundo conselho dos rebeldes, não há como nomear um novo governo no momento e disse que a nomeação foi um "mal-entendido"

Rebeldes em confronto na Líbia: oposição disse que não existe um novo governo (Getty Images)

Rebeldes em confronto na Líbia: oposição disse que não existe um novo governo (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2011 às 15h56.

Benghazi, Líbia - O Conselho Nacional Transitório Interino (CNRT) da Líbia negou nesta quarta-feira que Mahmoud Jabril tenha sido designado como novo chefe de um governo provisório dos rebeldes, como havia informado a rede de televisão "Al Jazeera".

O porta-voz do CNRT, Abdel Hafiz Ghoga, afirmou em entrevista coletiva em Benghazi (Líbia) que houve "um mal-entendido", e que o próprio Jabril foi o primeiro a se surpreender ao tomar conhecimento da notícia.

Segundo Hoga, Jabril foi nomeado há um mês chefe do comitê de ajuda de emergência dos rebeldes, mas também se encarregou da representação exterior junto a Al Isawi, com quem assumiu a tarefa de negociar com a comunidade internacional um reconhecimento do CNTI.

Nesse sentido, viajou a Paris para se reunir com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, o primeiro a reconhecer oficialmente os rebeldes.

Hoga explicou que, devido a essa incumbência, Jabril não pôde completar sua equipe para o comitê de ajuda de emergência há um mês e no momento está em Benghazi para cuidar do assunto.

O porta-voz ressaltou que essa equipe "de maneira alguma se trata de um Governo" que dirigirá parte do país temporariamente.

Lembrou que, por enquanto, Trípoli é a capital da Líbia e "não há nenhuma divisão do país, portanto não se pode formar nenhum novo Governo".

O CNTI, com sede em Benghazi, foi criado em 27 de fevereiro, dez dias depois do início da revolta popular na Líbia contra o regime de Muammar Kadafi.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaLíbiaPolíticaPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Fãs de Trump se reúnem em Milwaukee para lhe dar apoio: "precisa saber que é amado"

Biden pede que país 'reduza a temperatura política' e que evite o caminho da violência

Nikki Haley é convidada de última hora como oradora para convenção republicana

FBI crê que atirador que tentou matar Trump agiu sozinho e não pertence a grupo terrorista

Mais na Exame