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Rebeldes líbios lançam operação em Trípoli para isolar Kadafi

Otan está envolvida com rebeldes na Operação batizada com o nome "Mermaid", que pretende depôr o governante líbio

Rebeldes lutam em Zawiha, a 40 km da capital, Trípoli (Marc Hofer/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2011 às 12h57.

Trípoli - Os rebeldes líbios iniciaram uma operação na capital para isolar o coronel Muammar Kadafi, informou neste domingo o Conselho Nacional de Transição (CNT), enquanto grupos de insurgentes se aproximavam de Trípoli pela região oeste.

Iniciada sábado à noite, "a "Operation Mermaid", Operação Sereia, está sendo realizada em coordenação entre o CNT e os soldados rebeldes em torno e dentro de Trípoli", disse o porta-voz Ahmed Jibril, acrescentando que "a Otan também está envolvida".

"Prevíamos o início (da operação) ontem à noite, sábado, e estimamos que ainda vá durar vários dias até cercarmos Kadafi", explicou o porta-voz.

"Trabalhamos com dois cenários: que se renda ou deixe a cidade" para refugiar-se no exterior ou em outra localidade do país, segundo Jibril.

"As pessoas começaram a se movimentar de forma organizada ontem à noite, as células (rebeldes) vêm atuando em coordenação, com tudo começando ao mesmo tempo, comprovando que se trata de uma operação organizada", comentou à AFP o porta-voz militar do CNT, coronel Ahmed Omar Bani.

"As sementes da revolta começaram, finalmente, a brotar em Trípoli, a barreira do terror caiu; é tempo de rechaçar e usar da palavra em toda a cidade de Trípoli", afirmou Bani.

Outro porta-voz da rebelião, Abdullah Melitan, disse à AFP que rebeldes líbios vindos por mar a partir de Misrata, a 200 km a leste de Trípoli, teriam se infiltrado na capital, participando dos combates.

Já o porta-voz do regime, Mussa Ibrahim, assegurou, durante entrevista à imprensa que milhares de líbios estavam preparados para defender sua capital, bastião de Kadafi.

No terreno, os rebeldes da frente oeste estavam a 20 quilômetros da capital, onde era possível ouvir explosões e tiroteios domingo pela manhã, segundo testemunhas.


A insurgência chegou a tomar um bosque situado a 24 quilômetros a oeste de Trípoli depois de um combate mortal contra as forças leais a Kadafi, disse um rebelde à AFP.

Em Trípoli, alguns bairros já vêm sendo cenário de confrontos, como acontece no subúrbio de Tajura e no centro da cidade.

De madrugada, foram registradas quatro potentes explosões em Trípoli; a Otan - que bombardeia a capital quase que diariamente - anunciou domingo ter destruído sábado 22 objetivos militares.

O navio maltês fretado para transportar pessoas de vários países, como Reino Unido e Polônia, que querem deixar a Líbia, não conseguiu atracar no porto de Trípoli por causa dos combates, informou à AFP a chancelaria polonesa.

"O navio 'MV Triva 1', ainda está na baía", declarou Paulina Kapuscinska, porta-voz da chancelaria.

Londres havia informado, pouco antes, que cidadãos britânicos aguardavam para serem retirados.

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Trípoli - Os rebeldes líbios iniciaram uma operação na capital para isolar o coronel Muammar Kadafi, informou neste domingo o Conselho Nacional de Transição (CNT), enquanto grupos de insurgentes se aproximavam de Trípoli pela região oeste.

Iniciada sábado à noite, "a "Operation Mermaid", Operação Sereia, está sendo realizada em coordenação entre o CNT e os soldados rebeldes em torno e dentro de Trípoli", disse o porta-voz Ahmed Jibril, acrescentando que "a Otan também está envolvida".

"Prevíamos o início (da operação) ontem à noite, sábado, e estimamos que ainda vá durar vários dias até cercarmos Kadafi", explicou o porta-voz.

"Trabalhamos com dois cenários: que se renda ou deixe a cidade" para refugiar-se no exterior ou em outra localidade do país, segundo Jibril.

"As pessoas começaram a se movimentar de forma organizada ontem à noite, as células (rebeldes) vêm atuando em coordenação, com tudo começando ao mesmo tempo, comprovando que se trata de uma operação organizada", comentou à AFP o porta-voz militar do CNT, coronel Ahmed Omar Bani.

"As sementes da revolta começaram, finalmente, a brotar em Trípoli, a barreira do terror caiu; é tempo de rechaçar e usar da palavra em toda a cidade de Trípoli", afirmou Bani.

Outro porta-voz da rebelião, Abdullah Melitan, disse à AFP que rebeldes líbios vindos por mar a partir de Misrata, a 200 km a leste de Trípoli, teriam se infiltrado na capital, participando dos combates.

Já o porta-voz do regime, Mussa Ibrahim, assegurou, durante entrevista à imprensa que milhares de líbios estavam preparados para defender sua capital, bastião de Kadafi.

No terreno, os rebeldes da frente oeste estavam a 20 quilômetros da capital, onde era possível ouvir explosões e tiroteios domingo pela manhã, segundo testemunhas.


A insurgência chegou a tomar um bosque situado a 24 quilômetros a oeste de Trípoli depois de um combate mortal contra as forças leais a Kadafi, disse um rebelde à AFP.

Em Trípoli, alguns bairros já vêm sendo cenário de confrontos, como acontece no subúrbio de Tajura e no centro da cidade.

De madrugada, foram registradas quatro potentes explosões em Trípoli; a Otan - que bombardeia a capital quase que diariamente - anunciou domingo ter destruído sábado 22 objetivos militares.

O navio maltês fretado para transportar pessoas de vários países, como Reino Unido e Polônia, que querem deixar a Líbia, não conseguiu atracar no porto de Trípoli por causa dos combates, informou à AFP a chancelaria polonesa.

"O navio 'MV Triva 1', ainda está na baía", declarou Paulina Kapuscinska, porta-voz da chancelaria.

Londres havia informado, pouco antes, que cidadãos britânicos aguardavam para serem retirados.

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