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Rebeldes exigem reconhecimento da independência de regiões

Partes firmaram uma trégua que, mesmo com dificuldades, é mantida há duas semanas

O presidente ucraniano Petro Poroshenko: rebeldes querem que regiões separatistas tenham independência reconhecida (Philippe Desmazes/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 16h01.

Moscou - Os separatistas pró- Rússia pediram nesta sexta-feira que a Ucrânia reconheça a soberania de suas regiões como condição para assinar o documento que garante três anos de autogoverno às zonas controladas pelos rebeldes.

"Esperamos que o documento seja assinado de acordo com nossas condições. Certamente estamos falando de independência", declarou à agência russa "Interfax" Alexei Kariakin, presidente do parlamento da autoproclamada República Popular de Lugansk.

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O dirigente separatista se manifestou antes do início das negociações de paz com Kiev em Minsk, a capital de Belarus. As partes firmaram uma trégua que, mesmo com dificuldades, é mantida há duas semanas.

"Esperamos assinar um documento que reflita nossa posição sobre o estatuto especial", acrescentou Alexander Zakharchenko, líder da também autoproclamada República Popular de Donetsk.

Os separatistas concordam que a lei de autogoverno aprovada nesta semana pelo parlamento ucraniano inclui "pontos interessantes", mas se negam a renunciar as suas pretensões de independência.

Além disso, não querem que Kiev convoque e supervisione as eleições locais em seus territórios, como estipula a lei, que propõe uma votação no dia 7 de dezembro.

Em discurso no Congresso dos Estados Unidos na quinta-feira, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, se mostrou disposto a conceder mais competências às regiões rebeldes, desde que permaneçam dentro do Estado unitário da Ucrânia.

"Estou disposto a conceder mais direitos aos separatistas do que a qualquer outra parte da Ucrânia na história de nossa nação. Estou disposto a conversar sobre qualquer coisa, menos sobre a independência da Ucrânia, sua integridade territorial e sua soberania", afirmou.

Para a Rússia, a norma foi considerada "um passo na direção certa", mas defendeu a continuidade do processo de reforma constitucional para garantir os direitos das minorias na Ucrânia , em referência aos cidadãos de etnia russa.

Representante do governo central nas negociações de paz, o ex-presidente Leonid Kuchma garantiu nesta sexta-feira em Minsk, em Belarus, que o principal objetivo de Kiev é assinar um memorando que consolide a atual trégua.

O emissário russo em Minsk é o embaixador na Ucrânia, Mikhail Zubarov, enquanto a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) está representada pela diplomata suíça, Heidi Tagliavini.

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