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Rebeldes da Síria se unem a coalizão para enfrentar jihadistas

União ocorreu após a facção radical Jabhat Fateh al-Sham atacar grupos do Exército Livre da Síria (ELS) a oeste de Aleppo nesta semana

Combatentes do Fateh al-Sham: considerado internacionalmente como um grupo terrorista, o grupo foi excluído de todos os esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito sírio (Baraa al-Halabi/AFP)

Combatentes do Fateh al-Sham: considerado internacionalmente como um grupo terrorista, o grupo foi excluído de todos os esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito sírio (Baraa al-Halabi/AFP)

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Reuters

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 10h57.

Beirute - O grupo rebelde islâmico sírio Ahrar al-Sham disse nesta quinta-feira que outras seis facções rebeldes cerraram suas fileiras no noroeste da Síria para conter um grande ataque de um poderoso grupo jihadista.

A facção radical Jabhat Fateh al-Sham, outrora aliada da Al Qaeda e antes conhecida como Frente Nusra, atacou grupos do Exército Livre da Síria (ELS) a oeste de Aleppo nesta semana, acusando-os de conspirar contra ela nas conversas de paz ocorridas no Cazaquistão nesta semana.

O Ahrar al-Sham, que se apresenta como um dos principais grupos sunitas, se aliou a grupos do ELS e disse que o Fateh al-Sham rejeitou tentativas de mediação. O comunicado do Ahrar disse que qualquer ataque contra seus membros equivale a uma "declaração de guerra" e que não irá hesitar para confrontá-lo.

As facções rebeldes Alwiyat Suqour al-Sham, Fastaqim, a filial da Jaish al-Islam em Idlib, Jaish al-Mujahideen e a filial da Al-Jabha al-Shamiya no oeste de Aleppo disseram em um comunicado que se uniram ao Ahrar al-Sham.

O informe do Ahrar al-Sham também mencionou um sexto grupo, as Brigadas Revolucionárias Sham, e "outras brigadas" que se juntaram a estes cinco.

O Ahrar al-Sham é visto por Moscou como um grupo terrorista e não compareceu às tratativas de paz apoiadas pela Rússia em Astana, mas disse que irá apoiar facções do ELS que participaram se obtiverem um desfecho favorável para a oposição.

O ataque do Fateh al-Sham ameaçou eliminar os grupos do ELS que já receberam apoio de países contrários ao presidente sírio, Bashar al-Assad, como Estados do Golfo Pérsico, Turquia e Estados Unidos.

Considerado internacionalmente como um grupo terrorista, o Fateh al-Sham foi excluído de todos os esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito sírio, inclusive a trégua recente mediada por russos e turcos. Desde o ano novo o grupo foi alvejado por uma série de ataques aéreos dos EUA.

Embora o Jabhat Fateh al-Sham tenha combatido muitas vezes ao lado de rebeldes do ELS contra Assad, também ficou conhecido por massacrar grupos do ELS com apoio externo durante o conflito complexo de quase seis anos na Síria.

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