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Raúl Castro mobiliza 9 mil militares para combate ao Aedes

Embora em Cuba não tenha sido detectado ainda nenhum caso do zika, Castro advertiu que existem fatores que "propiciam o risco de propagação de doenças"


	Zika: o presidente cubano recalcou que é necessário que todos os cidadãos e entidades cumpram "estritamente" as normas sanitárias
 (Ernesto Benavides / AFP)

Zika: o presidente cubano recalcou que é necessário que todos os cidadãos e entidades cumpram "estritamente" as normas sanitárias (Ernesto Benavides / AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2016 às 13h20.

Havana - O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou nesta segunda-feira um plano de ação para enfrentar os vírus da dengue, chicungunha e zika, que inclui a mobilização de 9 mil soldados das Forças Armadas e 200 policiais para combater o mosquito responsável pela transmissão dessas doenças.

Em comunicado intitulado "Chamada a Nosso Povo" e publicado nos meios de comunicação oficiais, Raúl Castro pede aos cubanos que assumam como "um assunto pessoal" o combate contra o mosquito Aedes aegypti e lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a rápida propagação do zika no continente americano como uma emergência sanitária internacional.

Embora em Cuba não tenha sido detectado ainda nenhum caso do zika vírus, Raúl Castro advertiu que existem fatores como o deficiente saneamento ambiental e condições climatológicas adversas, que "propiciam o risco de propagação de doenças".

"Até o momento não foi detectado nenhum caso (de zika) em nosso país, embora sejam vigiadas e estudadas todas as síndromes febris não específicas para identificar precocemente sua presença. Houve também uma intensificação do controle sanitário internacional. Se houver algum doente, existirão todas as condições para dar uma assistência médica qualificada", indica o líder.

O plano de ação aprovado pelo governo cubano e o Partido Comunista será conduzido pelo Ministério da Saúde Pública e contempla um programa de saneamento intensivo em centros trabalhistas, em zonas residenciais e nas casas, com a colaboração "ativa" de organismos, organizações de massas e a comunidade para eliminar os mosquitos do gênero Aedes e prevenir o zika.

Raúl Castro precisou que, como parte desse "plano de ação aprovado", as Forças Armadas Revolucionárias (FAR) destinarão mais de 9 mil soldados, entre eles oficiais permanentes e da reserva, assim como meios técnicos para reforçar os trabalhos contra o vetor e de saneamento, com o apoio adicional de 200 oficiais da Polícia Nacional Revolucionária (PNR).

O presidente cubano recalcou que nesta conjuntura é necessário que todos os cidadãos e entidades cumpram "estritamente" as normas sanitárias e as medidas que garantam o enfrentamento ao mosquito, para "não contribuir" à propagação de epidemias e outras condutas que a favoreçam ou constituam "um perigo" para a saúde pública.

Nas últimas semanas, Cuba reforçou a vigilância epidemiológica em 24 pontos de suas fronteiras a fim de detectar possíveis contágios e com esse fim as autoridades sanitárias explicaram que são aplicados medições de temperatura nos viajantes e vigiadas as "manifestações clínicas compatíveis" com o zika.

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