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Rajoy rejeita proposta de referendo por saída da Catalunha da UE

Rajoy afirmou que é "absurdo" pretender que a Catalunha deixe a UE, insistindo que esta proposta está fora de cogitação e tem "pouco sentido"

Mariano Rajoy: proposta foi feita pelo o ex-presidente Executivo catalão Carles Puigdemont (Albert Gea/Reuters)

Mariano Rajoy: proposta foi feita pelo o ex-presidente Executivo catalão Carles Puigdemont (Albert Gea/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 10h46.

Madri - O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, considerou nesta segunda-feira "absurda" a proposta feita pelo ex-presidente Executivo catalão Carles Puigdemont em torno de um referendo "sobre uma possível saída da Catalunha da União Europeia".

Puigdemont opinou que os catalães deveriam votar se desejam pertencer à União Europeia, já que "é provável que não haja muita gente que queira fazer parte" de uma UE "insensível à violação dos direitos humanos e democráticos de uma parte do território".

A afirmação figura em uma reportagem sobre a Catalunha que está sendo elaborada pelo canal público israelense "Canal 1".

"O senhor Puigdemont diz o que lhe parece oportuno", "mas agora as pessoas têm que falar e não ele", declarou nesta segunda-feira Rajoy aos jornalistas, lembrando a convocação de eleições regionais na Catalunha para 21 de dezembro.

Ao ser perguntado por essa proposta de referendo ou pelo fato de o ex-presidente catalão ter falado da UE como um lugar de "países decadentes", Rajoy ressaltou que a União Europeia é a região do mundo "com maior nível de democracia, liberdade e direitos humanos" e "a melhor" em termos de atenção às pessoas e ao estado de bem-estar.

Rajoy afirmou que é "absurdo" pretender que a Catalunha deixe a UE, insistiu que esta proposta está fora de cogitação e tem "pouco sentido" agora, porque o importante é a realização das eleições nessa região espanhola para dar passagem à "normalidade" e à "tranquilidade".

Após a declaração de independência que aconteceu em 27 de outubro no Parlamento catalão, o Governo espanhol destituiu o executivo da Catalunha e convocou eleições regionais para dia 21 de dezembro.

Após estes eventos, Puigdemont e quatro membros de seu antigo governo foram para Bruxelas para não responder à Justiça espanhola e estão à espera da decisão dos tribunais belgas sobre a ordem de entrega e detenção feita contra todos eles pelas autoridades judiciais da Espanha.

Rajoy lembrou que devido à crise política provocada pelo processo independentista na Catalunha, o Governo espanhol rebaixou a previsão de crescimento do PIB de 2018 até 2,3%, mas insistiu que certamente, quando as "coisas se normalizarem", é possível voltar a falar de um crescimento de 3%.

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