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Rajoy diz que ETA não terá resquício para impunidade mesmo se dissolvendo

O presidente espanhol afirmou que o grupo separatista ETA foi derrotado pela democracia espanhola e que o grupo será punido pelos crimes cometidos

Rajoy: o grupo separatista ETA anunciou sua dissolução após 50 anos em atividade (REUTERS/Susana Vera/Reuters)

Rajoy: o grupo separatista ETA anunciou sua dissolução após 50 anos em atividade (REUTERS/Susana Vera/Reuters)

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EFE

Publicado em 3 de maio de 2018 às 09h22.

Logroño - O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, assegurou nesta quinta-feira que, "faça o que faça", o grupo terrorista ETA não vai encontrar nenhum resquício para a impunidade dos seus crimes e qualificou de "propaganda" todos os movimentos que está protagonizando estes dias.

Em Logroño (norte) onde participou de um ato da Guarda Civil, Rajoy se referiu assim ao iminente anúncio de dissolução que a ETA vai fazer através de um vídeo.

Ontem o grupo explicitou por carta que deu por finalizado seu "ciclo histórico", em referência ao mais de meio século de atividade terrorista e que desmantelou "completamente todas as suas estruturas".

"Façam o que fizerem, digam o que disserem, nada mudará", ressaltou Rajoy, para quem "a única política de futuro em matéria antiterrorista, como sempre, é aplicar a lei".

Desta forma confirmou a política contra o grupo, que inclui a dispersão de presos, e rejeitou a possibilidade de que, após o desaparecimento da ETA, o Governo possa pensar em uma aproximação de seus presos ao País Basco.

"A ETA foi derrotada pela ação do Estado de direito e pela força da democracia espanhola. Essa - acrescentou - é a única verdade que resplandece sobre tantas palavras e comentários como o que estamos ouvindo estes dias".

Para Rajoy os únicos "artesãos da paz" dignos de tal nome são os milhares de guardas civis, policiais, juízes e promotores que "encurralaram" a ETA até obrigá-la a reconhecer seu fracasso.

"A ETA pode anunciar seu desaparecimento, mas não desaparecem os seus crimes nem a ação da Justiça para persegui-los e castigá-los", ressaltou Rajoy.

 

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