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Quinze espécies de aves são descobertas na Amazônia

Desde 1871 não eram descritas tantas espécies de aves brasileiras de uma vez só


	"Nossa ideia foi passar o recado de que a Amazônia ainda tem muita coisa nova", diz pesquisador
 (Wikimedia Commons)

"Nossa ideia foi passar o recado de que a Amazônia ainda tem muita coisa nova", diz pesquisador (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 11h53.

São Paulo - De uma tacada só, 15 novas espécies de aves foram descritas na Amazônia brasileira em uma edição especial do Handbook of the Birds of the World, uma enciclopédia com todas as aves conhecidas do mundo. Lançada no fim de junho, a publicação traz as descobertas que quatro grupos de ornitólogos do Brasil e do exterior fizeram nos últimos anos.

A quantidade surpreende. Desde 1871 não eram descritas tantas espécies de aves brasileiras de uma vez só, em uma única obra. Não é à toa. Apesar de na Amazônia não ser raro de vez em quando descobrir um bicho novo, as aves são o grupo animal mais bem conhecido em todo mundo. Então não é de se esperar tantas novidades.

Foi justamente para causar esse choque que os pesquisadores resolveram juntar seus esforços e fazer uma publicação conjunta.

"A verdade é que, ao publicar uma por uma, a informação passa por baixo do radar. E ninguém percebe o grande quadro que é: estamos em um momento muito especial na Amazônia, uma fase explosiva de descobertas", afirma Mário Conh-Haft, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

"Nossa ideia foi passar o recado de que a Amazônia ainda tem muita coisa nova", diz. Segundo ele, mais de uma dezena de novas aves deve ser descrita nos próximos anos.

Os achados

A maior parte dos achados ocorreu na porção entre o sul do Pará, o norte de Mato Grosso e o sudeste do Amazonas, região que inclui o chamado arco do desmatamento, o que coloca os animais em ameaça.

Chama a atenção o caso de cinco espécies que foram encontradas em um local nunca antes estudado, no sul do Amazonas, entre os Rios Aripuaná e Roosevelt. O local fica próximo da fronteira com Rondônia, por onde a fronteira agrícola avança. De acordo com o pesquisador Luís Fabio Silveira, do Museu de Zoologia da USP, são endêmicas dali - ou seja, não ocorrem em nenhum outro local.

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