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Quênia reabre escolas após duas semanas em greve

Embora os docentes não tenham conseguido que o governo aceite pagar o aumento salarial, os sindicatos recomendaram obedecer à justiça queniana

Crianças vão a escola em favela, no Quênia: "Já estamos outra vez na escola e temos que voltar a ensinar. Estamos comprometidos com as crianças", explicou professor (Reuters / Noor Khamis)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 10h17.

Nairóbi - Cerca de 12 milhões de crianças retornaram nesta segunda-feira às escolas no Quênia , fechadas há duas semanas por causa de greve de professores em protesto pela recusa do governo de cumprir uma sentença judicial que elevava seus salários em até 60%.

Embora os docentes não tenham conseguido que o governo aceite pagar o aumento salarial, os sindicatos recomendaram obedecer à justiça queniana, que em 25 de setembro ordenou a suspensão imediata da greve e o início de negociações com o governo sobre o conflito salarial.

"Já estamos outra vez na escola e temos que voltar a ensinar. Estamos comprometidos com as crianças", explicou hoje à Agência Efe a professora primária Gladys Andambi, que trabalha no colégio Mugumoini, de Nairóbi.

Os sindicatos, que representaram e defenderam os professores durante a greve, explicaram ao jornal local "Daily Nation" que os docentes "terão proteção no futuro". Eles fixaram um prazo de três meses para que o governo pague os professores ou "medidas legais poderão ser tomadas", advertiram.

Só 42.973 professores - a maioria deles diretores de escolas - dos 288.060 em greve receberam seus salários de setembro, o que também os fez abandonar o protesto e voltar às salas de aula.

Os professores primários e secundários, que recebem um salário médio de 143 euros (cerca de R$ 650) por mês, declararam greve diante da recusa do governo de acatar uma sentença do Supremo Tribunal ditada em agosto que determinava um reajuste salarial de entre 50% e 60% para os professores.

Com os professores em greve e com a recusa do governo em cumprir a lei, o presidente quenianoUhuru Kenyatta ordenou o fechamento imediato de todos os colégios, públicos e privados, em 21 de setembro. Os centros privados, no entanto, resistiram a acatar a ordem.

Em 30 de setembro, a Comissão de Serviço do Professorado (TSC) advertiu que contrataria 70 mil novos professores por três meses diante da recusa dos docentes de reabrir as escolas.

No entanto, o Tribunal derrubou a ordem do TSC após receber uma solicitação dos sindicatos que pedia que os atuais professores fossem respeitados.

O governo, que deve pagar 72 bilhões de xelins (R$ 2,68 bilhões) extras em quatro anos, só tem três opções: aumentar os impostos, pedir um empréstimo ou redirecionar fundos para o desenvolvimento para a despesa corrente.

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Embora os docentes não tenham conseguido que o governo aceite pagar o aumento salarial, os sindicatos recomendaram obedecer à justiça queniana, que em 25 de setembro ordenou a suspensão imediata da greve e o início de negociações com o governo sobre o conflito salarial.

"Já estamos outra vez na escola e temos que voltar a ensinar. Estamos comprometidos com as crianças", explicou hoje à Agência Efe a professora primária Gladys Andambi, que trabalha no colégio Mugumoini, de Nairóbi.

Os sindicatos, que representaram e defenderam os professores durante a greve, explicaram ao jornal local "Daily Nation" que os docentes "terão proteção no futuro". Eles fixaram um prazo de três meses para que o governo pague os professores ou "medidas legais poderão ser tomadas", advertiram.

Só 42.973 professores - a maioria deles diretores de escolas - dos 288.060 em greve receberam seus salários de setembro, o que também os fez abandonar o protesto e voltar às salas de aula.

Os professores primários e secundários, que recebem um salário médio de 143 euros (cerca de R$ 650) por mês, declararam greve diante da recusa do governo de acatar uma sentença do Supremo Tribunal ditada em agosto que determinava um reajuste salarial de entre 50% e 60% para os professores.

Com os professores em greve e com a recusa do governo em cumprir a lei, o presidente quenianoUhuru Kenyatta ordenou o fechamento imediato de todos os colégios, públicos e privados, em 21 de setembro. Os centros privados, no entanto, resistiram a acatar a ordem.

Em 30 de setembro, a Comissão de Serviço do Professorado (TSC) advertiu que contrataria 70 mil novos professores por três meses diante da recusa dos docentes de reabrir as escolas.

No entanto, o Tribunal derrubou a ordem do TSC após receber uma solicitação dos sindicatos que pedia que os atuais professores fossem respeitados.

O governo, que deve pagar 72 bilhões de xelins (R$ 2,68 bilhões) extras em quatro anos, só tem três opções: aumentar os impostos, pedir um empréstimo ou redirecionar fundos para o desenvolvimento para a despesa corrente.

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