Quênia: a seca se estende por 23 dos 47 condados do país e afeta cidadãos, gado e animais selvagens (Getty Images)
EFE
Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 12h47.
Nairóbi - O governo do Quênia declarou nesta sexta-feira a atual seca que o país está sofrendo um "desastre natural" e pediu apoio a seus parceiros locais e internacionais para evitar que a situação piore.
"O apoio de nossos parceiros complementaria os esforços do governo para diminuir os efeitos da seca", afirmou o presidente queniano, Uhuru Kenyatta, em comunicado.
A seca se estende por 23 dos 47 condados do país e afeta cidadãos, gado e animais selvagens, acrescentou Kenyatta.
Apesar de o governo não ter datalhado a quantidade de recursos necessária para fazer frente à seca, o presidente queniano assegurou que, até o momento, destinou 7,3 bilhões de xelins (cerca de R$ 220 milhões) para enfrentar esta situação de emergência.
Kenyatta também pediu aos que participam da distribuição dos alimentos que não tentem se aproveitar da situação para enriquecer.
"Não tolerarei que alguém tente se aproveitar desta situação para fraudar os recursos públicos", comentou o presidente queniano.
Segundo a Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC, sigla em inglês), a prolongada seca em países como Quênia, Somália e Etiópia faz com que 11 milhões de pessoas sofram com a fome severa e necessitem urgentemente de assistência humanitária.
"Nos encontramos indubitavelmente diante de uma crise, mas a situação pode piorar, especialmente se não chover em abril", afirmou a diretora regional da IFRC, Fatoumata Nafo-Traoré, em comunicado .
Assim, Nafo-Traoré fez um pedido para "evitar que as condições de seca provoquem uma catástrofe humanitária" nesses três países do Chifre da África.