São Paulo – Números da União Europeia (UE) mostram que apenas em 2015, mais de 600 mil pessoas entraram ilegalmente em seu território. E as estimativas para os últimos meses são de impressionar: a Alemanha , por exemplo, calcula deve receber 1,5 milhão de refugiados e imigrantes entre outubro e dezembro, ao passo que a Hungria pretende manter suas fronteiras fechadas.
Pois um levantamento do Pew Research Center, uma organização independente formada por especialistas de diferentes áreas dedicados ao estudo de acontecimentos políticos, sociais e econômicos globais, revelou informações interessantes sobre a situação dos refugiados e imigrantes que buscam uma nova vida no bloco.
Ao todo, mostrou a pesquisa, 600.000 pessoas já registraram pedidos de asilo em países da UE ou outros que não fazem parte do bloco, mas compartilham das mesmas regras para concessão desta proteção. Esse número é 58% maior que o observado em 2014.
Dentre as pessoas que registraram pedidos de asilo, 20,2% são sírios que tentam uma vida mais segura longe da confusão e da violência que tomaram conta do país nos últimos quatro anos. Em seguida estão os kosovares, 11%, seguidos dos afegãos, 10,6%, e albaneses, 7,3%. Os iraquianos aparecem em quinto, com 5,6% das solicitações.
Outro ponto mostra quais pessoas têm as melhores chances de conseguir o tão sonhado asilo: aquelas que vêm de países que vivem turbulências políticas e conflitos armados. Em primeiro estão os sírios, com 95% dos pedidos aceitos. Em segundo estão os eritreus, com 90%, e em terceiro os iraquianos, com 87%.
Em se tratando de pessoas que vieram de países e territórios dos Balcãs, como Sérvia, Albânia e Kosovo, as chances de sucesso são bem menores, especialmente por conta do fato de a região se encontrar relativamente pacificada. Do total de sérvios, apenas 1,3% conseguiu ser aceito na condição de asilado. Entre albaneses essa percentagem é de 6,4% e para os kosovares é de 1,9%.
Países mais procurados x países que mais concedem asilo
A regra da EU, mostrou a organização, é a de que a pessoa peça por asilo no primeiro país do bloco que pisarem. Contudo, não é isso que vem acontecendo. No que diz respeito aos locais que mais recebem pedidos, em primeiríssimo lugar está a Alemanha, com 41%. Em segundo lugar, mas bem atrás, está a Hungria, com 16,3%, seguida da Suécia, 8,1%, e da França, 5,4%.
Esses países até podem estar entre os mais procurados, mas não necessariamente constam entre aqueles que efetivamente aprovam a concessão de asilo. A Alemanha, revela o levantamento, aprovou menos de 45% dos registros, enquanto que a Bulgária, a Dinamarca, Malta, Suécia e Chipre atenderam a mais de 70% deles.
- 1. Um respiro de alívio
1 /15(Gettyimages)
São Paulo - Centenas de
refugiados respiraram aliviados neste fim de semana após entrarem na
Alemanha . O país decidiu abrir suas fronteiras para abrigar famílias que fogem dos conflitos armados e da perseguição em seus países de origem. Depois de ter acolhido 7 mil pessoas ontem (5), a Alemanha prevê receber 10 mil refugiados neste domingo. Os requerentes de asilo, formados majoritariamente por sírios, foram recebidos por cartazes de boas-vindas e muito carinho dos voluntários. Eles também receberam doações de roupas e alimentos.A Alemanha espera registar 800 mil pedidos de asilo só este ano.A chegada de centenas de novos homens e mulheres é cada vez mais vista como um
precioso recurso para as empresas alemãs que precisam de mão de obra, em um país que envelhece. Clique nos slides e veja como foi a chegada dos refugiados ao país.
2. Um respiro de alívio 2 /15(Gettyimages)
Um trabalhador voluntário segura uma criança que estava entre centenas de refugiados que chegaram de trem em Munique, na Alemanha, neste fim de semana.
3. Um respiro de alívio 3 /15(Gettyimages)
Um rapaz segura um cartaz que mostra a chanceler alemã Angela Merkel, após desembarque na principal estação ferroviária de Munique, na Alemanha ,em 05 de setembro de 2015.
4. Um respiro de alívio 4 /15(Gettyimages)
Um grupo de refugiados idosos recebe ajuda para desembarcar na estação ferroviária de Munique, na Alemanha.
5. Um respiro de alívio 5 /15(Gettyimages)
Duas meninas, que estavam entre 800 imigrantes que chegaram de trem da Hungria, fazem selfie na estação ferroviária de Munique, na Alemanha, em 05 de setembro de 2015.
6. Um respiro de alívio 6 /15(Gettyimages)
Um menino refugiado envolto em uma bandeira da União Europeia desembarca na principal estação ferroviária de Munique, em 05 de setembro de 2015, Alemanha.
7. Um respiro de alívio 7 /15(Reuters)
Um refugiado faz sinal de "ok" ao ser fotografado na recepção do centro para imigrantes criado em Dortmund, na Alemanha, que abriu suas fronteiras para acolher essas famílias.
8. Um respiro de alívio 8 /15(Reuters)
Um homem com uma criança de colo desembarca na principal estação ferroviária de Munique, na Alemanha, neste domingo, 6 de setembro.
9. Um respiro de alívio 9 /15(Reuters)
Criança sorridente se diverte no meio de pilhas de roupas em um centro de distribuição de artigos doados para refugiados que chegaram à Alemanha neste domingo.
10. Um respiro de alívio 10 /15(Gettyimages)
Sorridentes, jovens migrantes caminham pela principal estação ferroviária de Munique em 05 de setembro de 2015 , Alemanha.
11. Um respiro de alívio 11 /15(Gettyimages)
Centenas de refugiados respondem sorridentes aos gritos de boas-vindas de espectadores na principal estação ferroviária de Munique, em 05 de setembro de 2015, na Alemanha.
12. Um respiro de alívio 12 /15(Gettyimages)
Família de refugiados chegam na principal estação ferroviária de Munique, na Alemanha, após passarem pela Áustria.
13. Um respiro de alívio 13 /15(Reuters)
Uma menina acompanhada de um adulto escolhe sapatos em um centro de distribuição de artigos doados para refugiados que chegaram à Alemanha neste 06 de setembro.
14. Um respiro de alívio 14 /15(Reuters)
Um menino senta-se em um carrinho de brinquedo depois de chegar de trem na principal estação ferroviária de Munique, Alemanha, em 6 de setembro de 2015.
15. Um respiro de alívio 15 /15(Gettyimages)
Um refugiado passa por checagem médica após desembarcar de trem em Munique, na Alemanha.