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Quem eram as vítimas do atentado de Londres

Além das vítimas fatais do atentado, 40 pessoas de ao menos 11 nacionalidades ficaram feridas

Londres: dos 29 feridos que seguem no hospital, sete estão "em situação crítica" (Toby Melville/Reuters)

Londres: dos 29 feridos que seguem no hospital, sete estão "em situação crítica" (Toby Melville/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de março de 2017 às 15h16.

Última atualização em 23 de março de 2017 às 15h18.

Uma britânica de origem espanhola de 43 anos, mãe de duas filhas pequenas, e um turista americano morreram no atentado desta quarta-feira em Londres, além do policial Keith Palmer, 48 anos, e do autor.

Além disso, 40 pessoas de ao menos 11 nacionalidades ficaram feridas, o que demonstra o caráter turístico e cosmopolita de Londres.

Os mortos

Foram quatro, contando o criminoso:

- Aysha Frade, britânica de origem espanhola de 43 anos:

Ia buscar suas filhas pequenas na escola quando foi atropelada pelo homem, segundo meios de comunicação britânicos. Filha de um cipriota e uma espanhola, sempre viveu em Londres e passava os verões na Galícia, no noroeste da Espanha, onde suas irmãs moram.

Em Betanzos, a localidade galega próxima a La Coruña onde as irmãs da vítima vivem, a notícia se espalhou rapidamente, explicou à AFP Manuel Ares, de 86 anos e amigo da mãe de Frade, entrevistado pela AFP.

"Estamos muito abalados, aqui todos a conheciam". A mãe de Aysha Frade, María del Carmen Caldelas, emigrou a Londres quando era jovem, se casou e teve três filhas.

Aysha, casada com um português, viajava todos os verões a Betanzos, lembrou Ares - Suas irmãs tinham uma escola de inglês na região, onde o prefeito decretou três dias de luto.

"Estou arrasada. É uma coisa que não esperávamos", explicou Ana, prima de Aysha, à rádio espanhola Cope. "Silvia (uma das irmãs da vítima) me telefonou e disse 'aconteceu uma coisa muito ruim, mataram Aisha'", contou.

Frade "era muito querida e respeitada", "estamos profundamente tristes e abalados com a notícia", disse Rachel Borland, diretora do DLD College, a escola onde a vítima trabalhava.

- Policial Keith Palmer, 48 anos:

Casado e pai. Trabalhava para a Unidade de Proteção Diplomática da polícia, protegia um dos portões de acesso ao Parlamento e foi esfaqueado pelo agressor.

Segundo parentes citados pela imprensa britânica, havia servido no exército, em um regimento de artilharia, antes de passar para a polícia.

A equipe de futebol pela qual torcia, o Charlton Athletic, prestou uma homenagem a ele colocando um lenço do clube no local que ele ocupou durante anos.

- Kurt Cochran, turista americano, pai:

Tinha cerca de 50 anos, era do estado de Utah (oeste) e visitava Londres com sua esposa, que ficou ferida. Uma parente dele, Shantell Payne, prestou uma homenagem no Facebook com uma foto e uma mensagem.

"Com grande pesar, tenho que anunciar a triste notícia de que nosso querido irmão, pai, marido e filho Kurt Cochran não pôde se recuperar dos ferimentos sofridos no atentado de Londres".

"A dor é tão grande e tão forte que atingiu profundamente a nossa família e todos que o conheceram. Sentiremos falta de Kurt mais do que podemos expressar".

Os feridos

Dos 29 feridos que seguem no hospital, sete estão "em situação crítica", disse o comandante da unidade antiterrorista britânica, Mark Rowley.

Entre os feridos, há pessoas de onze nacionalidades, explicou May no Parlamento: "além de 12 britânicos hospitalizados, sabemos que entre as vítimas há três adolescentes franceses, dois romenos, quatro sul-coreanos, um alemão, um polonês, um irlandês, um chinês, um italiano, um americano e dois gregos".

Os três estudantes franceses estavam em uma viagem para aprender idiomas em Londres. São de uma escola da localidade bretã de Concarneau, e suas famílias chegaram à capital britânica na noite de quarta-feira.

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