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Quem é o bilionário russo que desafiará Putin nas urnas

Alto, articulado e entusiasta das artes marciais, Mikhail Prokhorov é o terceiro homem mais rico da Rússia

Bilionário russo vai entrentar Vladimir Putin nas urnas (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 19h39.

São Paulo – Em meio a protestos contra os resultados das eleições parlamentares na Rússia , o bilionário russo Mikhail Prokhorov anunciou nesta segunda-feira que concorrerá contra Vladimir Putin nas próximas eleições para primeiro ministro.

Sem propostas concretas de governo e nem mesmo nome para seu partido, Prokhorov é o terceiro homem mais rico da Rússia, segundo o ranking da Forbes, com um patrimônio estimado em 18 bilhões de dólares. Aos 46 anos de idade, é solteiro e entusiasta das artes marciais.

Dono do time de basquete americano New Jersey Nets, Prokhorov construiu seu patrimônio nos mercados financeiro e metalúrgico na Rússia, figurando como um dos maiores industriais do país.

Com formação na área de finanças, Prokhorov atuou durante alguns anos no mercado financeiro. Com apenas 28 anos, no início da década de 1990, se uniu a Vladimir Potanin para adquirir a Norilsk Nickel, maior fornecedora de níquel e paládio do mundo, durante a corrida às privatizações.

A dupla comprou a mineradora pela bagatela de 250 milhões de dólares, mais um investimento de 300 milhões de dólares. Ao longo de mais de uma década, eles transformaram a empresa em uma gigante com faturamento de 17,1 bilhões de dólares em 2007.

Neste mesmo ano, Prokhorov ganhou as manchetes, preso por suspeita de tráfico de prostitutas. As acusações não foram provadas, mas ele foi obrigado a se afastar da companhia. O que parecia um infortúnio provou-se um tremendo golpe de sorte: Prokhorov vendeu sua participação de 25% na companhia em 2008, pouco antes do estouro da crise global, e fez fortuna.


Além do basquete profissional, Prokhorov investe atualmente em uma revista publicada em russo nos Estados Unidos, a Snob, e investiu 200 milhões de dólares para ajudar a Rússia a fabricar seu primeiro carro o híbrido, o Yo. Ele também tem participação na mineradora de ouro Polyus Gold.

Apesar do episódio com o suposto tráfico de prostitutas, a BBC o descreve como “genuinamente charmoso, com dois metros de altura, inglês impecável e facilidade de se comunicar tanto com russos e não-russos”. A publicação destaca, no entanto, que Prokhorov é um oligarca e, como tal, poderá ter dificuldade de conquistar as massas, que enxergam a categoria como um grupo de usurpadores que roubaram recursos naturais do país – no caso de Prokhorov, grandes volumes de ouro e níquel.

Prokhorov, que espera receber apoio da classe média russa para se eleger, já tentou ingressar na política no último mês de maio como líder do partido liberal Causa Justa (CJ). Porém, a tentativa acabou sendo vetada pelo Kremlin em setembro.

O futuro candidato às eleições presidenciais é o primeiro oligarca que decide se lançar na política desde 2003, ano em que o milionário petroleiro Mikhail Khodorkovski foi preso ao tentar financiar a oposição ao Kremlin.

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São Paulo – Em meio a protestos contra os resultados das eleições parlamentares na Rússia , o bilionário russo Mikhail Prokhorov anunciou nesta segunda-feira que concorrerá contra Vladimir Putin nas próximas eleições para primeiro ministro.

Sem propostas concretas de governo e nem mesmo nome para seu partido, Prokhorov é o terceiro homem mais rico da Rússia, segundo o ranking da Forbes, com um patrimônio estimado em 18 bilhões de dólares. Aos 46 anos de idade, é solteiro e entusiasta das artes marciais.

Dono do time de basquete americano New Jersey Nets, Prokhorov construiu seu patrimônio nos mercados financeiro e metalúrgico na Rússia, figurando como um dos maiores industriais do país.

Com formação na área de finanças, Prokhorov atuou durante alguns anos no mercado financeiro. Com apenas 28 anos, no início da década de 1990, se uniu a Vladimir Potanin para adquirir a Norilsk Nickel, maior fornecedora de níquel e paládio do mundo, durante a corrida às privatizações.

A dupla comprou a mineradora pela bagatela de 250 milhões de dólares, mais um investimento de 300 milhões de dólares. Ao longo de mais de uma década, eles transformaram a empresa em uma gigante com faturamento de 17,1 bilhões de dólares em 2007.

Neste mesmo ano, Prokhorov ganhou as manchetes, preso por suspeita de tráfico de prostitutas. As acusações não foram provadas, mas ele foi obrigado a se afastar da companhia. O que parecia um infortúnio provou-se um tremendo golpe de sorte: Prokhorov vendeu sua participação de 25% na companhia em 2008, pouco antes do estouro da crise global, e fez fortuna.


Além do basquete profissional, Prokhorov investe atualmente em uma revista publicada em russo nos Estados Unidos, a Snob, e investiu 200 milhões de dólares para ajudar a Rússia a fabricar seu primeiro carro o híbrido, o Yo. Ele também tem participação na mineradora de ouro Polyus Gold.

Apesar do episódio com o suposto tráfico de prostitutas, a BBC o descreve como “genuinamente charmoso, com dois metros de altura, inglês impecável e facilidade de se comunicar tanto com russos e não-russos”. A publicação destaca, no entanto, que Prokhorov é um oligarca e, como tal, poderá ter dificuldade de conquistar as massas, que enxergam a categoria como um grupo de usurpadores que roubaram recursos naturais do país – no caso de Prokhorov, grandes volumes de ouro e níquel.

Prokhorov, que espera receber apoio da classe média russa para se eleger, já tentou ingressar na política no último mês de maio como líder do partido liberal Causa Justa (CJ). Porém, a tentativa acabou sendo vetada pelo Kremlin em setembro.

O futuro candidato às eleições presidenciais é o primeiro oligarca que decide se lançar na política desde 2003, ano em que o milionário petroleiro Mikhail Khodorkovski foi preso ao tentar financiar a oposição ao Kremlin.

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