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Quem é o atirador que matou 9 pessoas na Alemanha

A suspeita inicial era de que o atirador tivesse ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico. Porém, a polícia local descartou essa possibilidade.


	Mulher coloca flores em frente a shopping Olympia, em Munique, onde ocorreu o ataque
 (Arnd Wiegmann/Reuters)

Mulher coloca flores em frente a shopping Olympia, em Munique, onde ocorreu o ataque (Arnd Wiegmann/Reuters)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 23 de julho de 2016 às 10h56.

São Paulo – Um jovem de 18 anos atirou contra a população na noite de ontem, na cidade de Munique, na Alemanha. O ataque deixou nove mortos e 16 feridos, de acordo com as últimas informações oficiais. Segundo as investigações, o atirador se matou logo depois.

Por que esse garoto decidiu matar outras pessoas e acabar com a própria vida? A suspeita inicial era de que o atirador tivesse ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico. Porém, a polícia local descartou essa possibilidade.

O jovem era um descendente de iranianos que cresceu em Munique e ainda frequentava a escola. As buscas feitas no local onde ele morava não revelaram contato ou interesse por grupos terroristas. Porém, mostraram que o jovem tinha obsessão por assassinatos em massa.

No local, a polícia encontrou reportagens de jornal e livros sobre o tema. Um dos livros intitulado “Why Kids Kill: Inside the Minds of School Shooters” (Em português: “Por que as crianças matam: dentro da mente dos atiradores escolares”).

Segundo o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, há um vínculo claro entre o ataque de ontem e outro assassinato em massa ocorrido na Noruega há exatos cinco anos, quando o atirador Anders Behring Breivik matou 77 pessoas a tiros.

Bullying

Segundo o promotor da cidade, Thomas Steinkraus-Koch, o atirador de Munique tinha depressão e estava desequilibrado. O jornal The Guardian ouviu vizinhos e colegas de escola do jovem, segundo os quais ele era tímido e sofria bullying.

“Ele sofria bullying frequentemente e não era popular. Estava acima do peso e andava sempre sozinho, ou no máximo com uma ou duas pessoas. Parecia não ter amigos”, disse um estudante ao jornal.

A polícia investiga ainda se o jovem usou o Facebook para atrair as pessoas até o local do crime. A suspeita é que ele tenha hackeado a conta de uma mulher na rede social e postado uma mensagem que dizia. “Darei algo que vocês querem, mas que não é muito caro”, diz o post, segundo a Associated Press.

O ataque aconteceu numa unidade do McDonald’s e num shopping center da região. Dentre os mortos, estão cinco adolescentes.

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