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Queima de Alcorão provoca confusão e mortes no Afeganistão

Pelo menos oito afegãos morreram em protestos contra a queima de exemplares do Alcorão em uma base militar americana

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 09h14.

Cabul - Pelo menos oito afegãos morreram nesta quarta-feira em manifestações contra a queima de exemplares do Alcorão em uma base militar americana no Afeganistão. Washington se limitou a pedir desculpas pelo ato "inapropriado", considerado um "erro".

Ao som de gritos "morte à América" e "morte a Obama", violentos distúrbios explodiram em Cabul, em Jalalabad, no leste, e na província de Parwan, ao norte da capital. Trinta pessoas também ficaram feridas, segundo autoridades locais e fontes médicas.

O chefe do Pentágono, Leon Panetta e, antes dele, o general americano John Allen, comandante da Otan no Afeganistão (Isaf), rapidamente pediram desculpas.

Também tentaram abafar as violentas reações antiamericanas, no momento em que Washington tenta negociar a paz com o movimento talibã e continua com a retirada das tropas de combate, que devem deixar o país até 2014.

Uma pessoa morreu em Jalalabad e um manifestante em Cabul, informou o ministério da Saúde. Seis outros foram mortos em uma confusão na província de Parwan, segundo as autoridades locais.

Em Cabul, uma multidão atacou com pedras a base americana da Isaf Camp Phoenix, incendiou veículos e atacou lojas adjacentes. A polícia afegã se dirigiu para o local e os soldados de Camp Phoenix atiraram para o ar na tentativa de dispersar os manifestantes.


O porta-voz da polícia de Cabul, Ashmat Estanakzaï, afirmou que os policiais não abriram fogo, mas indicou que os manifestantes ficaram muito violentos após o ataque a Camp Phoenix.

A embaixada dos Estados Unidos anunciou pelo Twitter que fechou suas portas e interditou o acesso de saída e entrada para seus funcionários.

Manifestante exibe um boneco representando Barack Obama com um cartaz com a inscrição "cão preto"

Em Jalalabad, a multidão se dirigiu para a grande base militar da Isaf ocupada por americanos. Um grupo de estudantes queimou um retrato do presidente Barack Obama.

Ahmad Ali, um médico do hospital de Jalalabad, disse que um jovem manifestante foi assassinado.

Na noite de segunda-feira para terça-feira, exemplares do Alcorão foram queimados na maior base americana no Afeganistão, em Bagram, 60 km ao norte de Cabul, segundo as autoridades afegãs. Logo em seguida, o general Allen, apresentou suas desculpas "ao nobre povo do Afeganistão" pelo que chamou de "erro".

À noite, ele reconheceu que exemplares do livro sagrado do islã foram jogados "por inadvertência no incinerador da base de Bagram", prometendo uma investigação e assegurando que tais atos não vão se repetir.

Em Washington, o secretário da Defesa, Leon Panetta, reiterou as desculpas, confirmando que funcionários "se livraram" dos exemplares do Alcorão de maneira "inapropriada". Autoridades americanas afirmaram que os livros foram queimados porque serviam para esconder mensagens passadas entre prisioneiros afegãos da prisão de Bagram.

Desde a manhã de terça-feira, milhares de manifestantes cercaram a base de Bagram. Eles atacaram seus ocupantes com estilingues e atearam fogo em uma das entradas. Os soldados americanos responderam com balas de borracha.

A profanação do livro sagrado do Islã ou atos considerados blasfemos pelos muçulmanos são cometidos por soldados estrangeiros no Afeganistão periodicamente, e provocam geralmente manifestações violentas.

Pelo menos oito afegãos morreram nesta quarta-feira em manifestações contra a queima de exemplares do Alcorão em uma base militar americana no Afeganistão. Washington se limitou a pedir desculpas pelo ato "inapropriado", considerado um "erro".

Ao som de gritos "morte à América" e "morte a Obama", violentos distúrbios explodiram em Cabul, em Jalalabad, no leste, e na província de Parwan, ao norte da capital. Trinta pessoas também ficaram feridas, segundo autoridades locais e fontes médicas.

O chefe do Pentágono, Leon Panetta e, antes dele, o general americano John Allen, comandante da Otan no Afeganistão (Isaf), rapidamente pediram desculpas.

Também tentaram abafar as violentas reações antiamericanas, no momento em que Washington tenta negociar a paz com o movimento talibã e continua com a retirada das tropas de combate, que devem deixar o país até 2014.

Uma pessoa morreu em Jalalabad e um manifestante em Cabul, informou o ministério da Saúde. Seis outros foram mortos em uma confusão na província de Parwan, segundo as autoridades locais.

Em Cabul, uma multidão atacou com pedras a base americana da Isaf Camp Phoenix, incendiou veículos e atacou lojas adjacentes. A polícia afegã se dirigiu para o local e os soldados de Camp Phoenix atiraram para o ar na tentativa de dispersar os manifestantes.

O porta-voz da polícia de Cabul, Ashmat Estanakzaï, afirmou que os policiais não abriram fogo, mas indicou que os manifestantes ficaram muito violentos após o ataque a Camp Phoenix.

A embaixada dos Estados Unidos anunciou pelo Twitter que fechou suas portas e interditou o acesso de saída e entrada para seus funcionários.

Em Jalalabad, a multidão se dirigiu para a grande base militar da Isaf ocupada por americanos. Um grupo de estudantes queimou um retrato do presidente Barack Obama.

Ahmad Ali, um médico do hospital de Jalalabad, disse que um jovem manifestante foi assassinado.

Na noite de segunda-feira para terça-feira, exemplares do Alcorão foram queimados na maior base americana no Afeganistão, em Bagram, 60 km ao norte de Cabul, segundo as autoridades afegãs. Logo em seguida, o general Allen, apresentou suas desculpas "ao nobre povo do Afeganistão" pelo que chamou de "erro".

À noite, ele reconheceu que exemplares do livro sagrado do islã foram jogados "por inadvertência no incinerador da base de Bagram", prometendo uma investigação e assegurando que tais atos não vão se repetir.

Em Washington, o secretário da Defesa, Leon Panetta, reiterou as desculpas, confirmando que funcionários "se livraram" dos exemplares do Alcorão de maneira "inapropriada". Autoridades americanas afirmaram que os livros foram queimados porque serviam para esconder mensagens passadas entre prisioneiros afegãos da prisão de Bagram.


Desde a manhã de terça-feira, milhares de manifestantes cercaram a base de Bagram. Eles atacaram seus ocupantes com estilingues e atearam fogo em uma das entradas. Os soldados americanos responderam com balas de borracha.

A profanação do livro sagrado do Islã ou atos considerados blasfemos pelos muçulmanos são cometidos por soldados estrangeiros no Afeganistão periodicamente, e provocam geralmente manifestações violentas.

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