Mundo

Quantidade de poeira no ar caiu em 2023, diz agência da ONU

Mesmo com a 'ligeira' diminuição, Organização Meteorológica Mundial (OMM) adverte que a má gestão ambiental ajuda a fomentar as tempestades de pó e areia.

Tempestade de areia que afetou o norte e o noroeste da China em março de 2023 (AFP)

Tempestade de areia que afetou o norte e o noroeste da China em março de 2023 (AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 12 de julho de 2024 às 08h38.

A quantidade de poeira presente no ar do planeta diminuiu ligeiramente em 2023, afirmou nesta sexta-feira (12, noite de quinta em Brasília) a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU, que também advertiu que a má gestão ambiental ajuda a fomentar as tempestades de pó e areia.

A OMM também reivindicou mais vigilância diante das mudanças climáticas, posto que uma superfície terrestre mais seca aumenta a presença de poeira nos ventos.

Em seu relatório anual sobre a incidência das tempestades de poeira e areia, a OMM assinala que a concentração média mundial de poeira no ar em 2023 foi ligeiramente inferior à do ano anterior.

Isso se deve a uma melhora no norte da África, na península da Arábia, no planalto iraniano, no norte da Índia, no centro da Austrália e no noroeste da China. Por outro lado, a situação piorou na Ásia Central, no norte da China e no sul da Mongólia.

A pior tempestade de areia de 2023 aconteceu na Mongólia, em março, e afetou mais de 4 milhões de km², e também algumas províncias chinesas, assinalou a agência da ONU.

A tempestade maciça foi desencadeada por um ciclone na Mongólia e se intensificou por um vento frio de superfície que levou à suspensão de grandes quantidades de areia, acrescentou.

"Causou uma queda drástica da qualidade do ar" e "reduziu a visibilidade para menos de 500 metros em partes de Pequim", explicou a OMM.

As tempestades de areia e pó afetam a economia, os ecossistemas, a meteorologia e o clima. Embora sejam um fenômeno principalmente natural, são exacerbadas pela atividade humana, segundo o relatório.

"A evidência científica demonstra que as atividades humanas têm impacto nas tempestades de poeira e areia. Por exemplo, as temperaturas mais altas, a seca e a evaporação levam a um solo menos úmido", afirmou Celeste Saulo, diretora da OMM.

"Combinado com uma má gestão da terra, isso leva a mais tempestades de poeira e areia", acrescentou.
A publicação do relatório neste 12 de julho coincide com a celebração do Dia Internacional da Luta contra as Tempestades de Areia e Poeira.

 

 

Acompanhe tudo sobre:Meio ambienteONUPoluição

Mais de Mundo

'Praticamente nada' impedirá a guerra de Israel en Gaza, diz juíza sul-africana

Presidente da Colômbia pede mais 7 anos à ONU para implementar acordos de paz no país

Otan elabora estratégia "à prova de Trump" diante de possível retorno à Casa Branca

EUA e aliados na Ásia veem com "profunda preocupação" laços entre Rússia e Coreia do Norte

Mais na Exame