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Putin suspende acordo com os EUA sobre descarte de plutônio

As divisões entre os outrora rivais da Guerra Fria piorou nas últimas semanas, após o colapso de um cessar-fogo na Síria

Obama e Putin: o acordo prevê que Rússia e EUA descartem cada um 34 toneladas de plutônio que pode servir para o uso em armas (Alexei Druzhinin / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 16h50.

Moscou - O presidente da Rússia , Vladimir Putin, suspendeu nesta segunda-feira um acordo com os Estados Unidos sobre o descarte de plutônio, que já foi considerado um símbolo da aproximação bilateral.

O recuo ocorre em meio a tensões bilaterais sobre a Ucrânia, a Síria e outras disputas.

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As divisões entre os outrora rivais da Guerra Fria piorou nas últimas semanas, após o colapso de um cessar-fogo na Síria.

Em separado, o Departamento do Estado disse que estava suspendendo os contatos bilaterais com a Rússia sobre a Síria, após a ameaça do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, de suspender contatos por causa de novos ataques contra a cidade de Alepo.

O decreto de Putin diz que a decisão foi tomada diante da "crescente ameaça para a estabilidade estratégica como resultado de ações não amigáveis dos EUA", bem como do fracasso dos norte-americanos em cumprir sua parte no trato.

O acordo, firmado em 2000 e expandido em 2006 e 2010, prevê que Rússia e EUA descartem cada um 34 toneladas de plutônio com grau de enriquecimento que pode servir para o uso em armas, material suficiente para cerca de 17 mil ogivas nucleares.

Quando assinada, a iniciativa foi apontada como exemplo de cooperação bem-sucedida na cooperação pela não-proliferação nuclear entre Washington e Moscou.

Um porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia vinha obedecendo o previsto no acordo "unilateralmente por um longo tempo, mas agora não vê mais essa situação como possível em meio a tensões".

No rascunho de uma lei para suspender o acordo enviado ao Parlamento, Putin especificou que o acordo poderia ser restaurado se os EUA reverterem sua decisão de enviar tropas para perto da fronteira russa e recuarem para as áreas onde elas estavam em 2000.

Fonte: Associated Press

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