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Putin: se regime sírio for derrubado guerra não terá fim

"Tememos que se os atuais dirigentes forem afastados do poder pela via anticonstitucional a guerra civil se prolongará por tempo indefinido", disse Putin

Vladimir Putin, presidente russo: Putin acredita que a solução para o conflito sírio não está na troca do poder entre os dirigentes sírios e a oposição armada (Jason Lee/AFP)

Vladimir Putin, presidente russo: Putin acredita que a solução para o conflito sírio não está na troca do poder entre os dirigentes sírios e a oposição armada (Jason Lee/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2012 às 15h04.

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira que se o regime sírio de Bashar al Assad for derrubado por vias anticonstitucionais a guerra civil no país árabe não terá fim.

"Tememos que se os atuais dirigentes forem afastados do poder pela via anticonstitucional a guerra civil se prolongará por tempo indefinido", disse Putin em entrevista coletiva após se reunir com o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti.

Putin acredita que a solução para o conflito sírio não está na troca do poder entre os dirigentes sírios e a oposição armada.

"Não queremos que a situação se desenvolva pelo mesmo roteiro sangrento de guerra civil e que continue por quem sabe quantos anos como no Afeganistão. Tanto o governo como a oposição armada devem interromper a violência e sentar-se à mesa de negociações", disse.

Na opinião do líder russo, o "plano de ação" diplomático do conflito deveria seguir os seguintes passos: "fim dos combates, negociações, busca de solução, determinar os princípios constitucionais do novo Estado e só depois mudanças estruturais, e não o contrário. O contrário, será o caos".

O chefe do Kremlin ressaltou que o acordo alcançado na sexta-feira para o prolongamento por um mês da missão de observadores da ONU no país árabe demonstra o Conselho de Segurança "ainda podem chegar a compromissos pelo bem do povo sírio".

Por sua parte, Monti propôs aplicar na Síria o que foi feito na Líbia, onde um governo de transição foi criado com representantes de toda a sociedade síria e que seria encarregado de dirigir a reconciliação e convocar novas eleições. 

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